Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

quarta-feira, 16 de março de 2011

ENTREVISTA COM ODILON – I

08/03/2011



ENTREVISTA COM ODILON – I
- Meu caro Odilon – perguntei ao amigo –, você responderia a algumas perguntas para o nosso Blog?
- Se elas estiverem ao meu alcance – respondeu-me –, perfeitamente, Doutor.
- Em sua opinião, qual a maior necessidade dos médiuns na atualidade?
- Para mim, são duas em uma só: sinceridade no exercício de suas faculdades e estudo da Doutrina!
- Por que, Odilon, sinceridade?
- Porque sem sinceridade, Doutor, o médium não consegue superar os seus próprios questionamentos no que tange à autenticidade do fenômeno que se produz por seu intermédio.
- Sinceridade?...
- Amor à Causa! Espírito de verdadeiro devotamento aos semelhantes!
- Você concorda em que os médiuns interferem nos comunicados que recebem?
- Nenhum médium é inteiramente passivo – nem Chico Xavier o era! A questão da interferência se resume em interferir positivamente. A este respeito, o médium bem intencionado deve permanecer tranquilo.
- Todo médium é mesmo médium?
- Eu diria que, por enquanto, na maioria, existe mais vontade de ser médium do que propriamente mediunidade... Não sei se os leitores de seu Blog entenderão o que digo.
- Dá para clarear um pouco mais?
- Doutor, em quase todos nós, a mediunidade é uma faculdade incipiente... Costumo dizer que, em matéria de mediunidade, agora é que estamos deixando a caverna!
- Concordo plenamente.
- A exceção que, serenamente, podemos apontar foi Chico Xavier – denominado o “homem psi”, ou seja, o homem do futuro! Sobre a Terra, ele foi um espírito à frente de nosso tempo. Conforme Calderaro diz no capítulo 9, do livro “No Mundo Maior”, ele representava o “futuro da raça”!
- Por conta disto, devem-se desconsiderar os comunicados em geral?
- Não, mas igualmente não convém lhes dar excessivo crédito! Uma obra mediúnica necessita de ser “enxugada”... Os espíritos, Doutor – e o senhor sabe disto –, também são autores de obras de ficção!
- Obras mediúnicas de ficção?!...
- Sim, muitos romances, por exemplo, o são. Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, nos ensinou a dar importância à essência do enredo, e não ao enredo em si.
- Compreendo. Mas, isto não desqualificaria tais obras?...
- Desde que saibamos separar o joio do trigo, não! Jesus não nos recomendou atear fogo ao campo para destruir o trigo junto com o joio...
- Para você, qual seria o ponto mais delicado nas obras de caráter mediúnico?
- As que realizam incursões acerca em torno das vidas pregressas dos personagens... Creio que, tanto quanto possível, este é um ponto que deveria ser evitado.
- Pelo médium ou pelo espírito?
- Pelos dois!
- O que diz a respeito de algumas obras mediúnicas contraditórias que têm aparecido?...
- Se os homens são contraditórios, é natural que os espíritos que as escrevem e os médiuns que as recepcionam também o sejam.
- Em face da Doutrina, como você definiria a mediunidade?
- O seu “calcanhar-de-aquiles”!... É o seu berço, mas, para os sem discernimento, também pode, por vezes, ser a sua campa!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 8 de março de 2010.
 retirado do blog do Dr. Inácio: http://inacioferreira-baccelli.zip.net/

Nenhum comentário:

Postar um comentário