Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

sexta-feira, 11 de maio de 2012


Importância da prece


Por Gilberto (Esp.) / Rita Foelker

Toda prática mediúnica deveria ser precedida de uma prece. A prece é a ação que nos aproxima dos objetivos superiores de nossas faculdades, incluindo-se a faculdade mediúnica.

Aquele que ilumina com a prece o uso da inteligência torna-se mais inteligente, pela abertura às intuições e inspirações superiores. Aquele que ilumina o seu trabalho iniciando sempre com uma prece, trabalha com mais proveito e diligência, sem distanciar-se da essência espiritual de todas as atividades humanas. Quem busca, na prece, aprofundar e colher frutos melhores de sua mediunidade contará com a assistência dos bons Espíritos e poderá estar mais certo dos resultados de seu exercício.

Da prece advém a serenidade para encontrar a dor dos Espíritos necessitados, a lucidez para agir com mais segurança e para reconhecer a verdade dos momentos mediúnicos, a precisão para identificar as intenções dos Espíritos comunicantes e a união com os benfeitores que saberão decidir pelas providências mais cabíveis.

Quem tem a prece como esteio de sua tarefa mediúnica, cultivando a ligação com os Espíritos orientadores, evitará muitos dissabores e reunirá tesouros que só amizade dos seres amorosos e sábios pode proporcionar à mente e ao coração.

Higiene mental


Por Gilberto (Esp.) / Rita Foelker

Mediunidade, campo do pensamento e da sensibilidade.

Nos trabalhos mediúnicos, a matéria prima é a delicada realidade dos pensamentos e suas emanações fluídicas, a impressionar a sensibilidade mediúnica. O que é um médium, senão a criatura que transmite, ou seja, que decodifica em linguagem visível ou audível, concreta, a sutileza das ondas-pensamentos dos habitantes do Plano Espiritual?

Sendo o pensamento e a sensibilidade decisivos numa reunião, sendo eles que definem os resultados, o aproveitamento, a fidelidade ao pensamento transmitido, o cumprimento dos objetivos da reunião, há que se cuidar, e muito bem cuidado, dos pensamentos que carreamos conosco no dia-a-dia e, ainda mais, dos pensamentos que nutrimos durante o intercâmbio com os Espíritos.

Daí, podem nascer a harmonia ou, então, as interferências que, quando ganham certa dimensão, fazem os mais céticos duvidarem de que realmente há bons Espíritos interessados na evolução daqueles trabalhos e dos trabalhadores.

Não podemos imaginar que o clima espiritual que nos acompanha não se faça refletir na somatória das contribuições individuais para a formação do ambiente da reunião. Não, depois de conhecermos a plasticidade dos fluidos e a força do pensamento concentrado.

Estude seus pensamentos com imparcialidade como se observasse a tela mental de uma outra pessoa. Quais são bons e produtivos? Quais têm proveito? Quais contribuem para suas metas espirituais superiores?

Quando é que nos prendemos nas teias de idéias deprimentes, envolvidos por um turbilhão mental difícil de conter? E qual pode ser o peso destes pensamentos numa reunião onde, de fato, gostaríamos de estar colaborando, pacificando, nos esclarecendo?

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Grupos & Grupos

Por Gilberto (Esp.) / Rita Foelker

Costuma-se chamar de grupo, qualquer reunião de pessoas envolvidas em alguma atividade.

Quando se trata de grupos mediúnicos, alguns apontamentos importantes deverão ser feitos. Um grupo mediúnico começa com pessoas que se identificam por um certo perfil: por participarem de estudos da casa espírita, por terem ouvido falar do Espiritismo ou por terem curiosidade de conhecer as atividades dos médiuns, porque sofreram alguma perda e procuram o conforto da comprovação da imortalidade, por terem sentido sinais da eclosão da mediunidade e precisarem entender e lidar com esta nova condição... Enfim, são levadas por razões bastante diversificadas e têm objetivos pessoais definidos.

Para integrar a equipe encarnada dos trabalhos com a mediunidade, contudo, hão que estar cientes de alguns fatores decisivos para o êxito e a qualidade dos resultados obtidos.

Primeiro, é importante que, num grupo mediúnico, ninguém se considere um mero espectador, nem participe por razões estritamente particulares. Nossa participação também consiste na cota indispensável de sentimentos e pensamentos, que oferecemos antes, durante e depois da reunião, em favor de todos os encarnados e desencarnados, sejam atendentes ou atendidos.

A formação do grupo leva em conta as características do trabalho que se pretende realizar, seja experimentação, estudo ou socorro a Espíritos necessitados. Seja qual for a natureza do trabalho, sempre possui funções específicas e os participantes precisam buscar colaborar da melhor maneira possível, naquela em que melhor se adaptem.

Em geral, um grupo recém-formado tem pessoas desempenhando vários papéis, mas quando ele amadurece e cada um descobre sua tendência, é natural que se especialize nas funções de médiuns de transe, aplicadores de passes, dialogadores ou médiuns de sustentação, e é desejável, mesmo, que procure se aperfeiçoar na função que escolheu. Com isto, tanto a pessoa quanto o grupo só têm a ganhar.

Durante a reunião, mesmo que momentaneamente não esteja desempenhando sua tarefa, é necessário que se mantenha mentalmente ligado e alerta, interessando-se pelos diálogos e fenômenos que se processam, ajudando com pensamentos aquele que conversa com o irmão desencarnado, pondo-se atento às intuições superiores que receber e com que possa contribuir. O tédio e o alheamento ao ambiente e às comunicações levam à dispersão de pensamentos, à sonolência e à diminuição da qualidade do ambiente, com sérias conseqüências: ou diminuindo a qualidade do atendimento socorrista, ou limitando o aproveitamento das experiências e estudos, se esse for o caso. Se preferir, então, que o integrante do grupo escolha um item de seu interesse para observar no sentido de aprender mais, como a forma de abordagem dos Espíritos, o processo das comunicações, a atuação dos médiuns ou as mudanças no ambiente fluídico.

Todo esforço que vise aumentar a harmonia entre os participantes não será poupado, as razões de desentendimento serão logo identificadas e sanadas; todos os Espíritos e todas as pessoas serão tratados com respeito e cordialidade nascidas do fundo desejo de criar um clima de serenidade e confiança mútua.

Da sintonia com os Dirigentes desencarnados resultarão encaminhamentos interessantes para as atividades desenvolvidas, lembrando que eles também compõem o grupo da reunião: colaboram, instruem e auxiliam de inúmeras maneiras, podendo ser consultados sempre que necessário.

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Flexibilidade

A despeito do rigor com que se consideram certas regras para a prática mediúnica, a mediunidade não necessariamente se lhes submete.

Nos trabalhos mediúnicos, sempre será necessária uma certa flexibilidade, não quanto aos princípios espíritas que norteiam as ações, nem quanto à moral de médiuns e Espíritos, mas quanto aos procedimentos arbitrados como os melhores para circunstâncias específicas.

É importante que o médium possa sentir-se confortável em seu raio de ação, que não seja tolhido por pareceres que nada têm de doutrinários e que possa, se sentir tal impulso, levantar-se, gesticular, falar com mais veemência, aproximar-se de um dos presentes, desde que nenhuma destas atitudes denote descontrole sobre si mesmo e predomínio de um Espírito que vem somente tumultuar.

Se mediunidade é expressão de pensamentos, porque não expressá-los (se o médium tiver condições) de forma mais completa, associando-se, à palavra falada, as expressões faciais e gestuais que nos possibilitem compreender melhor o modo de ser da criatura que nos fala e que conta, para ser compreendido, unicamente com os recursos oferecidos pelo médium e a harmonia do ambiente construído pelo grupo?

Muitas vezes, além dos médiuns, os Espíritos se veem prisioneiros de normas rígidas impostas por dirigentes avessos à espontaneidade e ao novo. Revelam, estes irmãos encarnados, a impressão da própria incapacidade para administrar situações que fujam da rotina. Sob a justificativa do zelo pela prática espírita genuína, amarram e amordaçam criaturas que tantas vezes, só desejam expandir seu carinho e sua afetividade.

A comunicação mediúnica e a expressão do Espírito não são somente verbais, não podem ser reduzidas a palavras ditas ou escritas. Somos seres integrais, exteriorizando aquilo que somos em nossos fluidos, emoções, pensamentos, sentimentos e atos.

Por Gilberto (Esp.) / Rita Foelker http://cienciadoinvisivel.blogspot.com.br/