Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

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segunda-feira, 25 de julho de 2011

O espírita e a morte da cantora inglesa Amy Winehouse



Vi pela televisão a notícia da morte da cantora inglesa Amy Winehouse.
Diz a polícia que está investigando, mas levantam a hipótese de overdose. O álcool e as drogas em geral são motivos de tortura para o Espírito, pois ele sofre um bocado em conseqüência de seus vícios.
Em pesquisa realizada sobre os motivos que leva alguém a se matar o álcool tem papel de destaque. E não é por suicídio inconsciente não, é suicídio direto mesmo. O álcool além de aproximar o cidadão de influências espirituais perniciosas proporciona um curto circuito no indivíduo que, não raro, acaba se matando de forma abrupta ou em doses homeopáticas ,ou seja, de caninha em caninha.
Mas não quero falar aqui dos vícios da cantora. Pobre coitada, devia sofrer muito e desencarnada então deve estar em situação nada feliz.
Direcionaremos, portanto, os comentários para a falta de educação de algumas pessoas quando ocorrem fatos deste naipe envolvendo gente famosa ou nem tanto.
Os exaltados e precipitados logo taxam: Drogada! Bem feito! O mundo não perdeu nada!
O cristão não deve agir assim, pois é faltar com o mais elementar exercício de caridade.
O pior é que grande parte das pessoas que estão conectadas aos acontecimentos se arvoram em taxar e julgar o comportamento do famoso ou até do anônimo que se foi. Da língua quase ninguém escapa. Como se o cantor, artista ou jogador não fosse um Espírito em estágio evolutivo.
Essas figuras que aparecem na televisão e são denominadas de ícones ou ídolos são, em realidade, nossos irmãos que merecem nessas horas ou a prudência de nosso calar ou, orações, a fim de que suas dores possam ser ao menos diluídas.
No entanto, como já citamos, observamos comentários mal educados provindos de gente que se diz cristã.
Lamentável!
Esses comentários maldosos, conforme já dissemos, advém da falta de caridade.
E sendo a caridade uma bandeira defendida por Kardec o espírita deve esforçar-se por praticá-la em sua mais ampla acepção.
No caso da cantora inglesa, o que seria, então, caridade?
Orar por ela, ou, ao menos, calar-se para não emitir pensamentos destrutivos em direção à alguém que já se destruiu o suficiente.
Percebe-se ai que o espírita tem o dever de lutar contra suas tendências de fofocar e mal dizer a vida alheia.
Se ela morreu por overdose. Oremos ou calemos.
Os mais conscientes irão orar.
Os indiferentes se calar.
Os maldosos fofocar.
Em qual desses quesitos nos encaixamos?
Quando Jesus disse vigiar certamente Ele também se referia ao vigiar o que dizemos em frente à televisão, comentamos com os amigos ou postamos na rede mundial de computadores.
Pensemos nisso.


Wellington Balbo (Bauru – SP)  
Wellington Balbo é autor do livro "Lições da História Humana", síntese biográfica de vultos da História, à luz do pensamento espírita, palestrante e dirigente espírita no Centro Espírita Joana D´Arc, em Bauru.
wellington_plasvipel@terra.com.br
Blog: http://wellingtonbalbo.blogspot.com/

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Transição Planetária - Divaldo Franco

                  


                   Vive-se, na terra, o momento da grande tran-sição de mundo de provas e de expiações, para mundo de regeneração.( ... )


                     Sendo o ser humano um espírito em processo de crescimento intelecto-moral, atravessa diferentes níveis nos quais estagia, a fim de desenvolver o instinto, logo depois a inteligência, a consciência, rumando para a intuição...( ... )

                    
                     As criaturas ( ... ) que assinalarem a existência pela criminalidade conhecida ou ignorada ( ... ) mantendo conduta egoísta,  tripudiando  sobre  as  aflições  do próximo 
( ...) não disporão de meios de permanecer na terra,sendo exiladas para mundos inferiores. ( ... )


                     Desse modo, as grandes calamidades de uma ou de outra procedência têm por finalidade convidar a criatura humana à reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade.( ... )


                     Chega-se ao máximo desequilíbrio, facultando a interferência divina, a fim de que se opere a grande transformação de que todos temos necessidade urgente. (...)


                     Contribuindo na grande obra de regeneração da humanidade, espíritos de outra dimensão estão mergulhando nas sombras terrestres, a fim de que, ao lado dos nobres missionários do amor e da caridade, da inteligência e do sentimento, que protegem os seres terrestres, possam modificar as paisagens aflitivas, facultando o establecimento do Reino de Deus nos corações...
                     
              Equipes de apóstolos da caridade no plano espiritual também descem ao planeta sofrido, a fim de contribuir com as mudanças que devem operar-se...( ... )


                     O bem não se detém ante qualquer tipo de fronteira, limite, preconceito, porque é emanação divina para a edificação da vida.( ... )
                     

            (...) Aproximadamente, quinhentos obreiros retornarão ao planeta para a preparação da nova era, abrindo espaço para as reencarnações em massa dos migrantes de uma das estrelas da constelação das Plêiades, na tarefa sublime de ajudar a terra a alcançar o patamar de mundo de regeneração.


                     É certo que outras equipes já nos haviam precedido para esse mister... ( ... )
                     

                          Participaríamos de atividades de seleciona-mento de casais para receber como filhos os visitantes de mais além...( ... )
                     

                       Soava  o  momento  de  intensificar   inter- câmbio entre os terrícolas e os visitantes de Alcíone...( ... )


                     (...) nosso mentor falou-lhes:"Em todas as situações, recordai-vos que sois hóspedes do planeta em transição, convidados a torná-lo um paraíso, após as tormentas contínuas que o sacudirão".


                     " Viestes de outra dimensão para contribuir com o libertador de consciências terrestres e aceitastes a incubência de cooperar na construção da era da paz e do amor"
                     " Triunfareis, se permanecerdes fiéis ao amor e à fraternidade, abertos à compaixão e à misericórdia."
                                                               

                     "Tereis que entender os agressores que nunca procuram compreender o outro e sempre se acreditam com  a razão..."

                                                               
                     " Sede bem-vindos à terra ! Houve um silêncio feito de alegria e esperança ( ... ) os visitantes de bela aparência e portadores de sabedoria, rumaram na direção dos destinos que os aguardavam..."


 
Extraído do livro TRANSIÇÃO PLANETÁRIA de Divaldo Franco/ Manoel Filomeno - Editora LEAL e adaptado por José Matos - Brasília - DF - 10.10.2010
 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Convocação



...Nós fomos chamados por Jesus para tornar o mundo melhor.            
Não foi por acaso que na hora última a voz do Divino Pastor chegou até nós.
Não nos encontramos no mundo assinalados apenas pelos delitos e os erros pretéritos, somos os Servos do Senhor em processo de aperfeiçoamento para melhor servi-lo.
Nem a jactância dos presunçosos, nem a subestima dos que preferem a acomodação.
Servir, meus filhos, com a instrumentalidade de que disponhamos é o nosso dever.
Observamos que a seara cresce, mas os trabalhadores não se multiplicam geometricamente como seria de desejar, porque estamos aferrados aos hábitos doentios, que no momento da evolução antropológica, serviram-nos de base para a transformação do instinto em emoção edificante .
A maneira mais segura de preservar os valores do Evangelho de Jesus em nós é através da vinculação mental com o Nosso Condutor.
Saiamos da acomodação justificada de maneira incorreta para a ação. Abandonemos as reações perturbadoras e aprendamos as ações edificantes.
 Sempre dizemos que necessitamos de Jesus, sem cuja Misericórdia estaríamos como náufragos perdidos na grande travessia da evolução, mas tenhamos em mente que Jesus necessita de nós, porque enquanto falamos a Ele pela oração Ele nos responde pela inspiração.
 Ele age pelos nossos sentimentos através das nossas mãos. Sejam as mãos que ajudam, abençoadas em grau mais expressivo do que os lábios que murmuram preces contemplativas.          
A nossa postura no mundo neste momento é de misericórdia.
Que nos importem os comentários deprimentes a nosso respeito, se valorizamos o mundo, respeitando os seus cânones e paradigmas? Não nos preocupemos com que o mundo pensa e fala de nós através de outros corações.
No belo ensinamento de Jesus na casa de Lázaro, enquanto Maria o ouve e Marta se afadiga temos uma lição extraordinária – não é necessário ficar numa contemplação de natureza egoística, mas é necessário aprender para poder servir.
A atitude de Marta é ansiosa, era a preocupação com o exterior. A atitude de Maria era iluminativa, a que parte dos tesouros sublimes da coragem e do amor, através da sabedoria, para poder melhor servir.
O serviço é o nosso campo de iluminação.
Nós outros, os companheiros da Vida Espiritual, acompanhamos as lágrimas que são vertidas pelos sentimentos de todos aqueles que nos suplicam ajuda e, interferimos com a nossa pequenez, junto ao Mestre Incomparável para que Ele leve ao Pai as nossas necessidades, mas bendigamos a dor sem qualquer laivo masoquista; agradeçamos a dor que nos desperta para a Verdade, e que nos dilui as ilusões; que faz naufragar as aventuras de consequências graves antes que aconteçam.
Estamos portanto convocados para a construção da Sociedade Nova, na qual o bem pairará soberano, como já ocorre, acima de todas e quaisquer vicissitudes.
Filhos da Alma, tende bom ânimo. Não recalcitreis contra o aguilhão nem vos permitais a deserção lamentável ou a parada perturbadora na escalada difícil da sublimação.
Jesus espera-nos, avancemos! Suplicando a Ele, o Amigo Incomparável de todos nós, envolvemos os afetuosos corações em dúlcidas vibrações de paz.
 Na condição de servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra                               ​       
Muita paz


(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final da conferência pública, realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 14 de julho de 2011.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Estudo do Passe - G.E. "Lar de Dona Modesta"

Estudo do Passe


I)


Se definirmos o passe como sendo uma transferência de fluidos, todos somos passistas. Uma consideração, entretanto, merece ser feita: expelir fluidos não significa transferi-los. Assim, nem todos que expelem fluidos são passistas. Afinal, todos seres vivos expelem fluidos e nem por isso são passistas. Logo...


Se definirmos o passe como uma doação de amor, todos podemos ser passistas. Convém lembrar, porém, que a transmissão de um passe, para cumprir seu papel mais sublime, além de solicitar uma emissão de amor comumente precisa de um fluido magnético mais específico, o qual não é “usinado”, ( usinar fluidos é o ato de elaborar fluidos, objetivamente, através de centros vitais ou o mecanismo de transformar elementos fluídicos para exteriorização), – em potenciais de exteriorização suficientes - por todas criaturas. Assim, nem todos os que dizem amar são necessasriamente passistas.


Se definirmos o passe como o resultado da boa vontade, todos somos passistas. Sabemos, todavia, que na vida a boa vontade, só por si, nem sempre é sufuciente para resolver tudo a que se propõe. Assim, nem todos os portadores de boa vontade são, só por esse motivo, passistas.


II)


Segundo orientação didática proposta por Allan Kardec, podemos dizer que o passe divide-se em três modalidades: espiritual, magnético (humano) e misto. O espiritual é aquele em que os fluidos provêm basicamente do mundo espiritual; o magnético é o que conta com maior profusão fluídica do passista ( fluido vital, anímico, magnético); e o misto é a conjugação fluídica proporcional dos outros meios; o espiritual e o humano ( magnético).


Em se tratando de passes espirituais, pelo fato de o passista praticamente não realizar usinagem fluídica, (usinar fluidos é o ato de elaborar fluidos, objetivamente, através de centros vitais ou o mecanismo de transformar elementos fluídicos para exteriorização ), a grande maioria das pessoas poderia aplicá-los. Só que, para se servir de canal eficaz e eficiente ao mundo Espiritual, o passista deverá dispor de uma preparação moral e psíquica de bom nível. Dessa forma, o bom comportamento moral e psicológico, a boa vontade, a oração e uma postura de vibração amorosa são os elementos essenciais que dotam as pessoas de condições favoráveis a serem passistas, especialmente no caso de passes espirituais.


O médium pode aplicar:
a) Quando estiver moralmente equilibrado e se sentir em condições físicas para tal. A partir daí, vêm as outras condições;
b) Quando for solicitado, em casos sérios ou urgentes;
c) Quando estiver ou for indicado para tal tarefa; e
d) Quando em condições ambientais e fluídicas propícias.
Apesar de poucas, não se prenda ninguém a essas limitações. Afinal, se seguirmos as colocações feitas por Alexandre, não só estaremos sempre em condições de aplicar o passe como teremos moral suficiente para equilibrar os ambientes onde iremos operar.


O Espírito Alexandre nos informa que “ O missionário do auxílio magnético, na Crosta ou aqui em nossa esfera,necessita ter grande domínio de si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino”. E acrescenta: “Na esfera da carne a boa vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela deficiência, o que se justifica, em virtude da assistência prestada pelos benfeitores de nosso círculos de ação ao servidor humano, ainda incompleto no terreno das qualidades desejáveis”. Chico Xavier – Missionários da Luz – cap. 19, p. 321.


Se por um lado vemos reconhecida a importância da boa vontade para o bom desempenho desse ministério, não podemos inferir seja ela condição única. Precisamos adquirir todas as virtudes ali descritas, pois são elas necessárias não apenas aos Espíritos mas igualmente aos médiuns passistas.

magnetismo e depressão - parte 4 / final

magnetismo e depressão - parte 3

magnetismo e depressão - parte 2

Magnetismo e Depressão - Parte 1

Entrevista com Jacob Melo (Autor de "O Passe - Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática") Entrevista realizada no canal IRC Espiritismo




Em seu livro Passes e Radiações, Edgard Armondatribuiu diferentes tipos de passes para a conduta em centros espíritas. Como você vê essa divisão técnica dos passes?

Jacob Melo - Em princípio, preferimos as anotações de Kardec. Ele dividiu didaticamente o passe em três níveis: espiritual, humano e misto. Uma profusão de técnicas, sem o respaldo do Magnetismo, põe em dúvida algumas dessas técnicas. Assim, reconhecemos a validade de uma distinção de técnicas em função dos objetivos, desde que resguardados os cuidados pertinentes. A meu ver, Edgard Armond não apresentou em suas obras as justificativas que se fariam necessárias. Não digo que elas sejam desprovidas de valor prático, mas carecem de uma base de sustentação teórica, em termos de Magnetismo, e prática, em termos do que sugere Allan Kardec.


Só médiuns passistas podem aplicar o passe? É necessária uma aptidão especial ou um "não médium" pode aplicar também?


Jacob Melo - Em tese, qualquer pessoa pode aplicar passe. Tomando-se a divisão de Kardec, em alguns casos são necessários algumas aptidões e predisposições. No caso do Magnetismo ou passe humano, a pessoa deverá possuir disposição natural ou induzida de doação magnética. Para o caso do passe espiritual, há que se atender às necessidades morais. Portanto, não há necessidade de ser obrigatoriamente médium, mas há a necessidade de disposição de doação fluídica e de amor.

Qual é a necessidade de se aplicar passe deitado, se a pessoa não está debilitada?
Jacob Melo - O uso de uma maca ou cama deve estar relacionado a algum fator, seja esse fator de ordem de comodidade do passista ou de melhor conforto para o paciente. Havemos de convir que, quanto mais confortáveis estejam ambos, melhores condições terão para o sucesso da transmissão e recepção fluídica. Entretanto, os passes podem ser aplicados com os pacientes em pé, deitados, sentados, de frente, de costas etc.

Essa modalidade deve ser rotineiramente aplicada nos Centros Espíritas, como temos visto inclusive na sala de passe do Conbrade?
Jacob Melo - Não é necessário que esta prática seja rotineira, nem mesmo a própria aplicação do passe. Este deve ser aplicado apenas e tão somente quando é constatada a necessidade dele. Só que, se eliminarmos os passes das casas espíritas, baseados nessa premissa, sem dúvida iremos cair num fator de complicação muito sério. Como sempre, o bom senso indica a melhor medida, a melhor ocasião e a melhor maneira.

Somos informados que os nossos fulcros energéticos ou chakras, quando em estado normal, giram numa determinada velocidade. Estando o corpo doente (em desequilíbrio), continuam os chakras com a mesma velocidade?

Jacob Melo - Não. Nem com a mesma intensidade, nem com a mesma regularidade. Daí a necessidade da ordenação dos campos vitais (chakras).

É certo afirmar que, ao aproximarmos mais as mãos do paciente, estamos doando energia excitante e, ao afastarmos, energia calmante?
Jacob Melo - Quase isso! Os passes próximos, em relação ao Magnetismo, tornam os efeitos fluídicos com características ativantes ou excitantes. Quando aplicados à distância do corpo do paciente, tornam-se calmantes. Portanto, não são energias excitantes ou calmantes e sim a percepção e o efeito delas.

Com relação a uma pessoa refratária ao passe de um médium - passe magnético, espiritual ou misto qual a conduta mais adequada do passista nesse momento?
Jacob Melo - Imaginemos o passista portador de Magnetismo Humano. Com técnicas dispersivas (movimentação rápida das mãos), ele atenua essas discrepâncias fluídicas. O ideal, contudo, é o passista aprender técnicas para entrar em "relação magnética" ou "contato magnético" com o paciente. No caso do passista espiritual, há uma necessidade evidente de maior poder de concentração e oração. Mesmo aí, as técnicas dispersivas também ajudam sobremaneira.


Quais os centros de forças e os plexos que mais atuam no passe? Até onde vai a importância deles no passe?
Jacob Melo - No caso do passista magnético, os centros vitais que mais "usinam" fluidos são o gástrico, o esplênico e o laríngeo. Apesar disso, os outros também atuam. A importância disso vai repercutir diretamente na qualidade e no refinamento dos fluidos em usinagem. Por exemplo, o entendimento do funcionamento desses centros vitais explicarão, sem quaisquer misticismos, as implicações decorrentes da ingestão de alimentos, medicamentos, drogas, uso e abuso do sexo etc. Nos pacientes, há a necessidade de se verificar os mais desarmonizados para se propiciar um melhor atendimento.

No passe, a pessoa que aplica obrigatoriamente tem que ser moralmente "superior" à pessoa que está recebendo? O passista pode se prejudicar em alguma situação?
Jacob Melo - A questão "superior" é subjetiva por si mesma. No caso do passe espiritual, há uma necessidade imperiosa de um equilíbrio moral e espiritual por parte do passista. No caso do Magnetismo, a própria vida nos demonstra que pessoas de moral duvidosa têm obtido resultados vulgarmente qualificados de milagrosos. Quanto à questão de um passista sofrer prejuízos, infelizmente pode, haja vista o número relativamente grande de passistas que chegam a lamentáveis casos de fadiga fluídica. Isso tanto se deve a excessos de doação magnética quanto à falta de técnicas e de desconhecimento sobre como se defender com as próprias técnicas.


Já ouvimos falar de diversas técnicas de passe, como passes transversais, rotatórios, perpendiculares, longitudinais. Gostaria de saber o que difere nessas técnicas, ou são todas iguais?
Jacob Melo - Há diferença entre elas sim. Por exemplo, os transversais e perpendiculares são, na sua maioria, dispersivos. Os rotatórios normalmente são concentradores e os longitudinais tanto podem ser dispersivos, concentradores, ativantes ou calmantes. Logo, há uma necessidade real de estudo para uma maior segurança do uso das técnicas.


Quando uma pessoa que não acredita nos efeitos do passe (por exemplo, materialista) é levada a tomá-lo, os efeitos são os mesmos ou a disposição prévia e boa vontade do receptor influi nos resultados?



Jacob Melo - Influi decisivamente. Isto não quer dizer que um descrente não possa ser beneficiado, só que esta não é a regra. Observemos que a própria ciência prova que o fato de acreditarmos mais em um médico do que noutro já potencializa ou diminui os efeitos do tratamento. O que não se esperar de uma transferência tão sutil quanto a fluídica veiculada através do passe?

Já se ouviu falar de casos de morte cerebral em uma regressão na transmissão do passe. Que restrições devem ser tomadas para transmiti-lo e por que ele é tantas vezes tão perigoso?
Jacob Melo - Vamos por partes. Primeiro, não conheço nenhum caso conforme o narrado. Depois, as imposições são, por si sós, concentradoras fluídicas. Como se aplica muita imposição sobre o coronário, o passista, sendo um doador de densos fluidos magnéticos, naturalmente saturará este centro de uma maneira desequilibrante e, daí, podem advir conseqüências constrangedoras. Para se evitar tais ocorrências é que se conta com os passes dispersivos. As restrições deverão ser vencidas através do conhecimento. Para tanto, cabe às diretorias das casas espíritas fazerem regularmente treinamentos e avaliações de seu quadro de passistas.

Se eu estiver pensando mentalmente em acalmar, a distância terá mesmo influência? Qual a distância das mãos para acalmar e para excitar?

Jacob Melo - Lamentavelmente, em termos de magnetismo humano, nossa indução mental nem sempre supera a influência fluídica. No GEAK, grupo ao qual estamos ligados em Natal, temos feito pesquisas nesta área há mais de sete anos e já temos muitas evidências de que a indução mental para se obter um resultado diferente do que o magnetismo ensina não tem sido positivo. As distâncias médias consideradas são um palmo do corpo do paciente (25 centímetros, em média). Daí, em direção ao corpo, são ativantes e, em se afastando do corpo, quanto mais distantes, mais calmantes.


Como controlar a quantidade de energia aplicada?

Jacob Melo - Só a prática determina. Se você ou o passista é doador de fluidos magnéticos e está se iniciando agora na prática, recomendamos um máximo de três aplicações por sessão e uma sessão por semana. A partir daí, observe-se para saber suas reações no dia imediatamente posterior à aplicação. Havendo cansaço ou sono, insônia, ressaca e indisposições gástricas, é provável ter havido um excesso de doação ou a falta de uma aplicação técnica mais correta. Não tendo havido problema, vá aumentando a cada semana um passe até chegar ao seu limite ideal. Apesar desta resposta, seria necessária uma abordagem mais ampla para que pudéssemos entender o motivo de tantos cuidados com a aplicação do passe.

Após a doação, ocorrendo fraqueza, como recuperar as energias?

Jacob Melo - Sendo fraqueza detectada ainda no ambiente onde houve a aplicação do passe, solicite a um outro passista que lhe aplique passes dispersivos. Havendo água fluidificada, beba um pouco. No caso da fraqueza surgir no dia seguinte, evite desgastes físicos desnecessários, alimente-se de maneira mais leve que o habitual, se possível caminhe (não se trata de caminhada como exercício físico e sim como um passeio) em algum lugar onde respire ar puro e, não sendo portador de diabetes, tome água de coco. Não estamos falando das implicações e necessidades espirituais, porque acreditamos que todos sabemos do conveniente e necessário uso da oração e da conexão com o mundo espiritual superior.

O que é o "sopro" ou "insuflação quente"? E o que é a "insuflação fria"?

Jacob Melo - São as técnicas em que se usam as doações fluídico-magnéticas pelo sopro. A insuflação quente tem por característica ser extremamente ativante, enquanto que a fria normalmente é calmante e dispersiva. Em termos de aplicação, a fria é procedida como quem sopra uma vela, enquanto a quente é como um "bafo". Não se entenda, entretanto, que basta soprar para se fazer insuflação. É necessário que se tenha a disposição de exteriorização fluídica pelas vias superiores.

No passe magnético, existe realmente a relação recepção/doação através das mãos esquerda e direita?

Jacob Melo - Isto é muito comentado pela chamada escola dos polaristas. Ocorre que nem mesmo os polaristas são concordantes entre si. Por sua vez, a prática demonstra não haver maior significado na inversão das mãos, tanto é que, particularmente, nunca vi em nenhum Centro Espírita algum passista, antes de iniciar sua tarefa, perguntar se os pacientes são canhotos ou destros.

Como você compara a dieta vegetariana com a carnívora para um médium passista?

Jacob Melo - Tudo leva a crer que o vegetariano leva vantagens. Mas lembramos que, em tudo, a virtude está no meio. Se em O Livro dos Espíritos, no Novo Testamento e numa entrevista de Chico Xavier encontramos informações que não condenam definitivamente a carne, não seremos nós que o faremos. Ainda assim, não podemos concordar com o excesso de alimentação, seja vegetariana ou não. Portanto, não creio que o vegetariano, só por isso, seja melhor que o carnívoro, apesar das vantagens que ele tenha, já que todos sabemos dos inconvenientes decorrentes da dificuldade de digestão da carne animal. Um exemplo: É melhor comer um bife com moderação do que jantar meio quilo de alface, vinte tomates, quarenta cebolas e, de sobremesa, duas melancias.

Existe uma correlação tempo/efeito nos passes tipo magnético e espiritual?
Jacob Melo - Existe correlação tempo/efeito. Existe correlação passe magnético e espiritual. O tempo e o efeito tanto dependem das técnicas quanto dos passistas e dos pacientes. Os passes espirituais, a rigor, não carecem de técnicas, mas as técnicas, se bem conhecidas e aplicadas, em nada prejudicam, ao contrário, só contribuem favoravelmente. Os passes magnéticos, estes sim, precisam de conhecimentos e experiências para se alcançar uma melhor correlação tempo/efeito.