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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"Chico Xavier" se torna mais pessoal na televisão

Nada mais elucidativo sobre a tendência do cinema nacional em reproduzir o estilo e a linguagem da televisão que a transformação de um filme em série de TV sem provocar nenhum tipo de estranhamento no espectador.
"Chico Xavier", minissérie em quatro capítulos que estreia terça na Globo, e "O Bem Amado", experiência similar exibida na semana passada, são exemplos disso.
No caso da história do médium, a produção dos dois formatos foi praticamente indistinta. "Sabíamos que tínhamos um número maior de cenas, mas eu ainda não sabia o que estaria no filme e o que estaria na minissérie", diz o diretor Daniel Filho.
Há cinco anos, ele foi convidado para fazer um filme baseado no livro "As Vidas de Chico Xavier", do jornalista Marcel Souto Maior.

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Os atores Laura Cardoso e Nelson Xavier em cena da minissérie "Chico Xavier", derivada de filme homônimo | que Esteves/TV Globo

Ao receber um roteiro de cem páginas, o diretor, expoente do cinema "padrão Globo", percebeu que ele renderia mais que duas horas para um filme comercial e propôs o segundo produto.
Filme e série só se separaram na edição. Daniel optou por centrar o longa na entrevista que Chico Xavier deu ao programa "Pinga Fogo" e numa história dramática poderosa: a do casal (Tony Ramos e Christiane Torloni) que perde o filho e consegue esclarecer circunstâncias alusivas à sua morte numa carta psicografada pelo médium.
O material excedente, de cerca de uma hora, trazia um mergulho mais aprofundado na infância e na vida pessoal de Chico e será incorporado à série. "Será uma transposição mais fiel à biografia."
A série vai mostrar, por exemplo, as relações com a madrasta, interpretada por Giulia Gam, que o maltratava, e com a mãe, vivida por Letícia Sabatella.
O filme teve 3,4 milhões de espectadores, o que permite esperar ibope melhor que o de outras experimentações no horário pós-"BBB", como "Amor em 4 Atos", que teve 21 pontos na estreia.
A emissora bancou parte da produção com um valor não revelado. O diretor também teve uma ajudinha do poder público. Do total de R$ 12 milhões, ao menos R$ 5,3 milhões vieram de mecanismos federais de incentivo e de um edital da Prefeitura de Paulínia. No cinema, o filme já faturou R$ 30 milhões.

NA TV
Chico Xavier
Estreia da minissérie

QUANDO de terça (25) a sexta (28), após o "BBB", na Globo

CLASSIFICAÇÃO não informada

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