Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
domingo, 28 de novembro de 2010
Sempre Matéria
O que causou impacto em Nosso Lar foi o fato de André Luiz descrever uma cidade no Plano Espiritual, cujo nome dá título ao livro.
Há casas, veículos, ruas, parques, árvores, vegetação, lagos, campos... Há uma organização administrativa e social, sede de governo, escolas, hospitais, centros de cultura...
Um espanto!
Emmanuel, o mentor espiritual que assina o prefácio, comenta:
Certamente que numerosos amigos sorrirão ao contato com determinadas passagens das narrativas. O inabitual, entretanto, causa surpresa em todos os tempos. Quem não sorriria na Terra, anos atrás, quando se lhes falasse da aviação, da eletricidade, da radiofonia?
Mais do que sorrisos, a obra de André Luiz suscitou dúvidas e críticas.
Como imaginar o mundo espiritual um xérox da Terra?
Mas poderíamos inverter a pergunta:
Como imaginá-lo diferente?
O que vai acontecer quando batermos as botas?
Porventura nos transmutaremos em etérea fumaça?
Perderemos a identidade?
Desapareceremos no todo cósmico?
Onde quer que o Espírito instale sua morada, fatalmente irá defrontar-se com sua própria forma e entrará em contato com seres e coisas que também tem forma.
Mesmo as fantasias teológicas reportam-se a paisagens infernais e celestiais, seres demoníacos e angélicos, chifres e asas, jardins e cavernas, caldeirões e harpas...
A natureza não dá saltos.
A Espiritualidade, principalmente nas proximidades do plano em que vivemos, forçosamente assemelha-se à Terra.
Ao contrário do que se imagina, o mundo físico é uma cópia muito imperfeita do mundo espiritual, mais densa, mais pesada, de matéria mais grosseira.
Os cientistas admitem hoje a existência de universos paralelos, em outras dimensões, que poderíamos definir como planos habitados por Espíritos, de acordo com seu estágio evolutivo.
***
A chave para entender e aceitar Nosso Lar, está em conceber que a morada dos mortos é feita de matéria.
Isso não deve ser motivo de surpresa.
Consideremos os estados conhecidos da matéria:
Sólido, líquido e gasoso.
Uma pedra de gelo é matéria em estado sólido.
Derretendo o gelo temos matéria líquida.
Se colocarmos a água a ferver teremos a matéria em estado gasoso a dispersar-se, oferecendo-nos a impressão de que se esgotou quando apenas tornou-se invisível.
Algo semelhante ocorre com o Continente Espiritual.
Não o visualizamos porque nos faltam sentidos para identificar os elementos que o estruturam.
Não o detectam os mais sofisticados aparelhos de que dispõe a ciência terrestre porque ainda não possuem a necessária sensibilidade.
***
Superada essa dificuldade, poderemos ler tranquilamente. André Luiz, colhendo valiosas informações sobre as regiões para onde nos transferiremos quando a morte nos contemplar com seu irrecusável convite.
Usaremos, então, outro corpo, feito de matéria sutil, em outra faixa de vibração, denominado perispírito por Allan Kardec.
O perispírito guarda a mesma morfologia do corpo físico. É cópia fiel. Assim o Espírito tende a conservar tende a conservar a aparência compatível com sua idade ao desencarnar.
Isso nos permite compreender certas ocorrências, envolvendo os Espíritos.
Diz o vidente na reunião espírita:
- Fulano está presente.
Como sabe?
É que o vê em seu corpo espiritual.
Reclama um comunicante pela psicofonia mediúnica:
- Ninguém me dá atenção em meu lar. É como se eu falasse com as portas...
Não percebe que morreu.
Por quê?
Porque não enxerga nenhuma diferença entre o perispírito, que lhe serve hoje à exteriorização, e o corpo que o serviu enquanto encarnado.
Livro: A presença de Deus
Richard Simonetti
Richard Simonetti
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Frase Do Dia - Estágio Evolutivo
Cada ser está num determinado estágio evolutivo e, portanto, fazendo tudo o que lhe é possível fazer no momento, ou seja, conduzindo-se no agora com o melhor de si mesmo. Hammed
A lógica da autoestima
Ter uma boa autoestima é tudo de bom, não é? É algo independente de dinheiro, de beleza, de poder e de cultura, todos têm acesso, depende da conduta.
Tem muita gente buscando a autoestima em livros de autoajuda, repetem meia dúzia de autoelogios e esperam alcançá-lo. Outros acreditam que falar tudo que vem na cabeça, sem reservas, é uma grande autoestima, não desconfiando que são descontrolados.
Tem que haver uma coerência entre o que pensamos, o nosso autoconceito e as nossas atitudes. O psicólogo Nathaniel Branden faz a seguinte colocação: “Há um contínuo fluxo de efeitos recíprocos entre nossas ações no mundo e a nossa autoestima. O nível da nossa autoestima influencia nossos atos, e a maneira como agimos influencia o nível da nossa autoestima.” Isso quer dizer que a pessoa que repete palavras positivas e não age como tal, não terá a conexão entre as ideias e as atitudes - coesão. E aquele que age desgovernadamente, sem consciência e disciplina sobre as emoções, também está cindido.
Na prática o que Branden propõe é que o nível de nossa autoestima, alta ou baixa, influencia nossas ações. Se a autoestima é baixa, vamos ficar temerosos, inseguros em nossas realizações. Com a autoestima boa vamos estar mais seguros, conscientes, ponderados para os enfrentamentos da vida. A maneira como agimos, confiantes ou inseguros, reflete em nosso autoconceito, em nosso autojulgamento, consequentemente, no grau de nossa autoestima.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Solidão
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.
Tampouco é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente, para que revejamos a nossa vida... Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
domingo, 21 de novembro de 2010
Auto-amor e Perdão para Humanizar
Você já parou para pensar que pessoas em paz, felizes, gratas, bem resolvidas consigo mesmas amam com mais facilidade, são mais generosas, mais fraternas, mais... E não vá achar que essas pessoas são aquelas que aparecem na televisão mostrando suas mansões ou o mais erudito de toda a sua comunidade espírita, eles também podem ser assim é claro, mas eu me refiro às pessoas como eu e você que construindo as trilhas do auto-amor podem superar tantos entraves no amor ao próximo.
Como amar ao próximo verdadeiramente, se aquela voz mental te inferiorizando surge diante das conquistas dos outros? Como lidar com as frustrações sem reconhecer o potencial divino dentro de nós? Como perdoar sem reconhecer que o erro também é parte importante da nossa trajetória? Como humanizar sem reconhecer-se humano? Como perdoar com sentimentos mais do que com palavras? Como reconhecer nossas dificuldades sem tirar o brilho dos outros?
Tantas perguntas....e inadvertidamente podemos começar respondê-las com mais palavras, mais eruditas palavras sem a tomada de consciência de quem está cansado de cometer os mesmos erros. Reforma íntima ganha outra dimensão quando despertamos para necessidades mais profundas do que a mera contensão das nossas imperfeições.
Frase do Dia
"Somos companheiros otimistas no campo da fraternidade. Se Jesus espera no homem, com que direito deveríamos desesperar? Aguardemos o futuro triunfante, no caminho da luz."
(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel)
sábado, 20 de novembro de 2010
frase do dia
Uma coisa é enxergar a terra da paz do topo de uma montanha.
Outra é trilhar o caminho que conduz até ela.
Agostinho
•
No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
João 16:33
Outra é trilhar o caminho que conduz até ela.
Agostinho
•
No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
João 16:33
Dica do psicólogo Mario Mas
Desenvolver a autoestima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade e, portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados. Desenvolver a autoestima é expandir nossa capacidade de ser feliz. Nathaniel Branden
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Comunicação psicografada por Divaldo Pereira Franco, de autoria espiritual de Bezerra de Menezes.
Irmãos amigos, devotados obreiros da seara de Jesus! Abraçando-os em nome dos trabalhadores do lado de cá, rogamos ao Mestre Amigo bênçãos de paz para todos.
Os novos tempos em transcurso no plano físico anunciam uma era de transformações necessárias à implementação do processo evolutivo do ser humano. Os dois planos da vida se irmanam e laços de solidariedade se estreitam, tendo em vista os acontecimentos previstos.
Em atendimento aos compromissos firmados por orientadores do Planeta, almas abnegadas se desdobram em atividades, definindo responsabilidades e tarefas a serem desenvolvidas em épocas específicas.
Não longe, porém, nas regiões purgatoriais de sofrimento que assinalam o perfil dos seus habitantes, no mundo espiritual, almas se agitam, movimentam-se, produzindo ruídos e clamores na expectativa de se beneficiarem, de alguma forma, com a programação que o Alto determina.
Desassossegados, temem as mudanças que já lhes foram anunciadas e, por não saberem ainda administrar emoções e desejos, dirigem-se às praças públicas e aos templos religiosos de diferentes interpretações para debaterem e opinarem: ora aceitam os ventos das mudanças, ora se rebelam, posicionando-se contra elas. Nesse processo, influenciam os encarnados que lhes acatam as opiniões vacilantes e, ao mesmo tempo, são por eles influenciados.
O certo é que a Humanidade chegou a um ponto de sua caminhada evolutiva que não mais se lhe permite retrocesso de qualquer natureza. Para os próximos cinqüenta anos já se delineia um planejamento destinado a ser cumprido por uma coletividade de Espíritos que irão conviver com grandes e penosos desafios.
Trata-se de uma população heterogênea constituída de almas esclarecidas e de outras em processo de reajuste espiritual. As primeiras revelam-se iluminadas pelo trabalho desenvolvido na fieira dos séculos, quando adquiriram recursos superiores de inteligência e de moralidade.
Retornam à reencarnação para exercer influência positiva sobre as mentes que se encontram em processo de reparação, necessitadas de iluminação espiritual.
A atual Humanidade será pouco a pouco mesclada por esses dois grupos de Espíritos reencarnantes. Inicialmente na sua terça parte, abrangendo todo o Planeta, depois, dois e três terços. O trânsito entre os dois planos estará significativamente acelerado. Um trânsito de mão dupla, acrescentamos, pois coletividades de encarnados também retornarão à Pátria verdadeira.
Anunciam-se, então, o processo renovador de consciências por meio de provações, algumas acerbas. Uma operação de decantação que visa selecionar os futuros habitantes do Planeta, aqueles que deverão viver os alvores da Era da Regeneração.
A massa humana de sofredores, de Espíritos empedernidos, repetentes de anteriores experiências, retornará à gleba terrestre em cerca de cinqüenta anos, mas os guardiões da Terra estarão a postos, ao lado de cada encarnado ou desencarnado convocando-os à transformação para o bem.
É a era do espírito, anunciada a clarinadas na manhã do dia de ontem, 18 de abril de 2010, no momento em que o sol lançava os seus primeiros raios à Terra. Em região muito próxima ao plano físico, habitantes do Além quase que se fundiram com a humanidade encarnada para, em reunião de luz e vibração amorosa, ouvir o mensageiro de Jesus que lhes traçou as diretrizes de uma nova ordem planetária, que ora começa a se estabelecer.
Ismael falou emocionado para os representantes de todas as nacionalidades, logo após a manifestação clamorosa dos seus patronos e guias. Revelou planos de Jesus relacionados à cristianização dos homens. Ao final da abençoada assembléia, Espíritos valorosos deram-se as mãos, envolvendo o Planeta em suas elevadas vibrações, transformadas em pérolas que caiam do alto sobre os seus habitantes, atingindo-lhes a fronte na forma de serafina luminosidade.
Estejam, pois, atentos para os acontecimentos, meus filhos. Reflitam a respeito do trabalho que se delineia e, do posto de serviço onde se encontrem, sejam, todos e cada um, foco de luz, ponto de apoio.
Ouçam as vozes do céu, pois estão marcados pela luz dos guardiões planetários. Façam a parte que lhes cabem. Sejam bons, honestos, laboriosos, fraternos.
Os dias futuros de lutas e dores assemelham-se aos “ais” apocalípticos. Surgirão aqui, acolá e mais além, implorando pela união, compaixão e misericórdia, individual e coletiva.
Assim, irmãos e amigos, não cometam o equívoco de olhar para trás, mas coloquem as mãos na charrua do Evangelho e sigam adiante.
Não repitam a experiência a mulher de Ló, o patriarca hebreu que, possuidora de fé frágil, olhou para trás em busca dos prazeres perdidos, transformando-se em estátua de sal, desiludida pela aridez das falsas ilusões.
Façam brilhar a própria luz, meus filhos! Este é o clamor do Evangelho, hoje e sempre!...
Bezerra de Menezes
Brasília, 19 de abril de 2010. Reunião mediúnica no Centro Espírita Internacional
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
frase do dia
"Mude. Isto tem o poder de enobrecer, curar, estimular, supreender, abrir novas portas, trazer experiência nova e criar excitação na vida. Certamente vale o risco."
Léo Buscaglia
Léo Buscaglia
mudança
Simbologia da Borboleta
A Borboleta é o símbolo da alma, pois da mesma forma que esta abandona a crisálida para voar, o espírito também se liberta do corpo físico para ganhar espaço infinito. Representa ainda o renascimento e a imortalidade. No Japão, surge associada à Mulher, visto que, a metamorfose do seu ovo para lagarta, desta para crisálida e, seguidamente para borboleta, indica as etapas da nossa alma para atingirmos a iluminação.
A Borboleta simboliza a mudança... “O poder da borboleta é como o ar, é a habilidade de conhecer a mente e de mudá-la, é a arte da transformação”. As pessoas deveriam observá-las atentamente e, assim como elas, estar em algum dos seguintes estágios de atividade:
1. Estamos no primeiro estágio - quando a ideia nasce, mas ainda não é uma realidade, é o estágio do ovo, o ponto de criação de uma ideia;
2. O segundo estágio - da larva, surge quando temos que tomar uma decisão;
3. O terceiro estágio - do casulo, é o desenvolvimento do projecto, é fazer para realizar;
4. E o estágio final - a transformação, é deixar o casulo e voar, é a realização!
A principal mensagem simbólica da Borboleta é: Criar, transformar, mudar e ter coragem de aceitar!
domingo, 14 de novembro de 2010
Felicidade e Merecimento (Mensagem de Ermance Dufaux)
(...)
A vitória sobre os impulsos.
A tolerância incondicional com todos.
A fraternidade nas relações.
O dever bem cumprido.
A ausência do desânimo.
O otimismo incansável.
Como vemos, felicidade não é acontecimento de sorte ou escolha do destino.
É uma conquista do esforço permanente pela melhoria de si mesmo perante o próximo, a vida e Deus.
Felicidade é a soma do bem que semeamos, portanto, uma questão de merecimento.
Ermance Dufaux
Mensagem psicografada pelo médium Wanderley Soares de Oliveira, em 17 de novembro 2007, na SED – Sociedade Espírita Ermance Dufaux, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
http://www.ermance.com.br/
sábado, 13 de novembro de 2010
Admiração e Inveja
¨Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus". Mateus, 5:16
Admirar os valores e as conquistas alheias é um feliz ato de solidariedade e altruísmo.
Nesse tema, quando você for tomado pela inveja, não se assuste nem se entristeça.
Eis sua grande ocasião de mergulhar no desconhecido mundo de si mesmo e descobrir quais as razões que o levam a se sentir inferiorizado ou insatisfeito ante os êxitos dos outros.
Penetre em sua intimidade e pacifique-se.
Você aprenderá com o tempo a autoadmiração, pela gloriosa descoberta de seus dons divivos; então compreenderá que se encantar com os sucessos alheios será sempre um estímulo para melhor perceber suas próprias riquezas ainda desconhecidas.
Ermance Dufaux pela psicografia de Wanderley Oliveira, do livro ¨Receitas para a Alma".(p.83)
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Desabafo Interior
- Vou chamar sua atenção...!
E desta vez não me venha com desculpas, por favor...
Vamos começar combinando assim: eu falo e você simplesmente me escuta e reflita! Afinal, cedo ou tarde, acabaríamos tendo este diálogo.
Agora somos apenas dois... Nós e nossa consciência! Então, primeiramente, gostaria de levantar algumas perguntas bem simples e, por favor, sem rodeios para respondê-las. Vamos lá... Com toda sinceridade, por que nos ignoramos tanto? Por que tememos este contato conosco mesmo, se nós mesmos sabemos que é inevitável? Para que adiar?
Pare! Olhe a nossa volta...
Ahhhh, perdoe-me... Não estamos mais acostumados a observar, não é mesmo?! Mas, insista um pouco mais. Vamos que juntos conseguiremos!
Olhe... Veja onde estamos agora. Vamos parar por alguns instantes o que estamos fazendo, pois se posso lhe oferecer este breve tempo, nada mais justo do que você me oferecer um pouco de atenção.
Nossa... Quanta coisa ao nosso redor, não é mesmo?! Nem tínhamos notado. Já conquistamos tanto... Veja! Tudo bem que ainda não estamos na (1)posição social que desejamos, mas convenhamos que sempre falta algo, não é mesmo? Ainda bem que não deixamos nada para trás...
Por que o silêncio? Será que pensamos algo errado ou que não devíamos? Não vamos desistir agora só por causa de um apertozinho no coração, o que é isso?! Somos tão fortes!
E nesse momento o que acha de voltarmos um pouco no tempo...?
Lembrar das nossas peripécias de criança... Nossa como aprontávamos! E quando adolescentes então... Ah, quanta confusão! E aquela nossa turma do ginasial, lembra? Por onde será que andam heim?! Quanta saudade que deixamos no armário do tempo, não é mesmo... Éramos tão livres que até o ar parecia mais leve.
Isso porque talvez não nos importássemos tanto com o que queriam que a gente fosse ou porque não tínhamos tanto tempo sobrando para nos preocupar com o “molde” que queriam nos encaixar.
MOLDE! Será que isso nos faz lembrar algo? Por que motivo comparar nossa vida com um molde? Afinal, essa expressão tem mais haver com um modelo do que com a vida.
Por outro lado, refletindo um pouco mais, será que estamos realmente vivendo dentro de algum molde? Difícil responder... Fomos pegos de surpresa não é? Então vamos pensar juntos novamente...
Em algum lugar do nosso passado existiu um momento em que adotamos este molde no qual nos encontramos hoje. Se pararmos para pensar que estamos constantemente mudando, talvez a chave de tudo possa estar ai! Então, para quem ou porque estamos mudando? Esta mudança nos faz mais livres ou nos aprisiona em mais um modelo, um molde?
Quando crianças, queremos ser nossos pais ou algum super-herói; na adolescência, a popularidade é nossa meta; quando adulto, buscamos a conquista de nossos ideais, para que, assim, quando a velhice chegar, possamos desfrutá-la com um pouco mais de tranqüilidade. Já parou para pensar em tudo isso?! Quantos moldes, quantas vidas, quantos sonhos!
Mas, será que estamos vivendo e desfrutando o que a vida nos oferece? Será que o molde que estamos usando neste momento não está sendo apertado demais para nós? Meu Deus... Para onde estamos indo?!
Quem foi que nos disse que nossos sonhos são impossíveis? Quem nos fez acreditar que nosso cabelo não combina com a gente? Quem colocou na nossa cabeça que, para ser feliz, temos que ser um modelo de sedução? Quem nos fez aceitar que o sapato que mais gostamos já não está na moda e que, por isso, seremos bregas se usá-lo? Quando foi a última vez que andamos descalços, sentido a terra ou a grama entre nossos dedos? Por que nunca mais tomamos um banho de chuva? E aqueles desenhos que amávamos, desde quando deixamos de assisti-los? Por que acreditamos que, se nos declararmos e dissermos “Eu te Amo”, estaremos entregando os pontos? Por que paramos de comer a raspa do brigadeiro, que fica grudada no fundo daquela panelinha velha, quando estamos diante de outras pessoas? Desde quando começamos a nos ocultar para viver... Desde quando?
Será que por que crescemos? Será que por que já não esta mais na moda? Será que por que só fazemos o que todos querem ou o que a revista de etiqueta dita? Será que por que agora temos mais responsabilidades? Será, será, será...?
E enquanto isso... O tempo não volta! O que passou, ficou lá atrás... E o que estamos esperando para começar a desfrutar a vida novamente?
(2)Viver é uma arte... É simples! Mas, a realidade, é que exigimos muito da vida e o resultado não poderia ser diferente a não ser este corre-corre descontrolado em busca das utopias. Quase não temos tempo para um olhar, um abraço, um sorriso. Nem paramos mais para conversar... E quando paramos, na maioria das vezes, o assunto acaba desviando para os becos da lamentação infundada ou nas observações que não deixamos passar em branco sobre a vida alheia.
As perguntas que faço diante disso é: O que estamos fazendo? Quanto tempo ainda vamos suportar em meio os nossos próprios (3)tormentos voluntários para entender que a vida segue um ritmo, um pulsar?
Sinta as batidas do coração, ouça o ritmo da vida sempre pulsando dentro de nós, observe os ponteiros de um relógio, sinta o movimento do vento, aprecie um nascer ou um pôr-do-sol, contemple as estrelas, sinta o exalar das plantas... Tudo esta em harmonia, é o ritmo da vida!
E o nosso ritmo, como está? Será que estamos esquecendo de viver o momento mais precioso que a vida nos oferece? Momento este que a todo instante se torna parte do passado para que, pouco a pouco, vá se somando a nossa coleção de lembranças. Estamos falando do “presente”, o agora, nosso hoje. O próprio nome não poderia ter melhor definição: “PRESENTE”. E realmente é um presente que a vida nos oferece, mas que, infelizmente, estamos ocupados e apressados demais para abri-lo e vivê-lo.
É no presente que devemos viver, porque é somente (4)aqui que iremos realmente aprender, é somente assim que iremos sentir a vida. O que estamos esperando então?! A situação melhorar? Boa desculpa! Enquanto isso, a vida vai continuar e tudo a nossa volta vai mudar, pois tudo evolui, tudo está em constante (5)progresso.
Já atingimos por mérito a classe dos “Seres Racionais”, mas muitas vezes agimos na irracionalidade. Somos dotados da capacidade de (6)escolha e a vida está nos convidando para participar de uma linda festa, a qual cabe a nós aceitarmos ou não.
Existem aquelas afirmações que dizem: “na minha época tudo era diferente, por isso éramos mais felizes!” Engraçado, achei que nossa época fosse o agora, já que estamos em constante evolução. A não ser que estamos vivendo de passado e, mais cedo ou mais tarde, seremos sufocados por ele.
Confie... Vamos viver!
Respire mais... É de graça!
Agradeça... (7)Agradecer é uma dádiva e nos conecta com Deus e com a Vida!
Lembrem-se: nos tornamos aquilo que julgamos ser.
Agora acho que já podemos refletir melhor... Como estamos lidando com nosso molde de Vida?
José Antonio da Cruz – Catanduva, 11/11/2010
Referencias para estudo:
(1) E.S.E – Cap.XVI-Item: 7
(2) E.S.E – Cap. V-Item: 18
(3) E.S.E – Cap. V-Item: 4
(4) L.E - Livro II – Cap. IV – Questão: 167
(5) L.E - Livro III – Cap. VIII- Questão: 779
(6) L.E - Livro III – Cap. X-Questão: 843
(7) L.E - Livro III – Cap. II - Questões: 658, 659, 660
(7) E.S.E – Cap.XXVII -Eficácia da Prece
O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez
Paris, primavera de 1857...
... O prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail, após um dia de intensa atividade, relacionada à publicação da primeira edição de "O Livro Dos Espíritos", abre seu caderno de memórias e faz a seguinte anotação:
" Hoje , finalmente, 18 de Abril de 1857, posso dizer que lancei a público o trabalho mais importante da minha vida graças a enorme benefício que se espalhará...".
Esta página contém o texto integral de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, essa obra basilar da Doutrina dos Espíritos, acompanhada de comentários a respeito de cada uma das perguntas formuladas por Allan Kardec e das respectivas respostas dadas pela Espiritualidade.
Tais comentários, que muito facilitarão o estudo da doutrina, foram extraídos da coleção FILOSOFIA ESPÍRITA, composta de 20 volumes, de autoria do espírito MIRAMEZ, psicografados pelo médium João Nunes Maia e editada pela Editora Espírita Fonte Viva.
Menção especial deve ser feita à Diretoria dessa Editora, que demonstrou grande entusiasmo por esta iniciativa, disponibilizando
Muita Paz para todos!
(in “O Livro dos Espíritos” – Prolegômenos)
QUESTÃO 01 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Parte Primeira
Das causas primárias
CAPÍTULO I
DE DEUS
1. Deus e o infinito. - 2. Provas da existência de Deus. - 3. Atributos da Divindade. - 4. Panteísmo.
Deus e o infinito
1. Que é Deus?
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME I
Questão 01 comentada
CAPÍTULO 01
0001/LE
A SUPREMA INTELIGÊNCIA
O primeiro interesse de Allan Kardec foi saber dos Espíritos quem era Deus e eles responderam dentro da maior simplicidade, mas com absoluta segurança: Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas.
Não poderemos nos sentir seguros onde quer que estejamos, sem pelo menos alimentar a idéia de uma fonte criadora e imortal. O estudo sobre o Senhor nos dá um ambiente de fé que corresponde, na sua feição mais pura, à vontade de viver. Sentimos alegria ao entrarmos em contato com a natureza, pois ela fala de uma inteligência acima de todas as inteligências humanas, de um amor diferente daquele que sentimos, de uma paz operante nos seus mínimos registros de vida. O Deus que procuramos fora de nós está igualmente no centro da nossa existência, porque Ele está em tudo, nada vive sem a Sua benfeitora presença.
O Criador estabeleceu leis na Sua casa maior, que cuidam da harmonia na mansão divina, sem jamais esquecer do grande e do pequeno, do meio e dos extremos, para que seja dado, a cada um, segundo as suas necessidades. Não existe injustiça em campo algum de vida, pois cada Espírito ou coisa se move no ambiente que a sua evolução comporta; daí resulta o porquê de devermos dar graças por tudo o que nos é colocado no caminho.
É justo, entretanto, que nos lembremos do esforço individual, e mesmo coletivo, de sempre melhorar, como sendo a nossa parte, para alcançarmos o melhor. Aquele que acha que tem fé em Deus, mas que vive envolvido em lugares de dúvida, com companheiros que não correspondem às suas aspirações de esperança, ainda carece da verdadeira fé, iluminada pela temperatura do amor. É a confiança que requer reparo. Assim sucede com todas as virtudes conhecidas e, por vezes, vividas por nós.
Estudemos a harmonia do Universo, meditemos sobre ela, pedindo ao Mestre que nos ajude a compreender esse equilíbrio divino, porque se entrarmos em plena ressonância com a Criação sanar-se-ão todos os problemas, serão desfeitas todas as dificuldades e todos os infortúnios cessarão. Somente depois disso, pelas vias da sensibilidade e pelo porte espiritual que escolhemos para viver, é que teremos a resposta mais exata sobre o que é Deus.
Conhecer e Amar são duas metas que não poderemos esquecer em todos os nossos caminhos. Esses dois estados d'alma abrir-nos-ão as portas da felicidade, pelas quais poderemos viver em pleno céu, mesmo estando andando e morando na Terra. A Suprema Inteligência está andando conosco e falando constantemente aos nossos ouvidos, em todas as dimensões do entendimento, porém, nós ainda estamos surdos aos Seus apelos e passamos a sofrer as conseqüências da nossa ignorância. Todavia, o intercâmbio entre os dois mundos acelera uma dinâmica sobremodo elevada a respeito das coisas divinas, para melhor compreensão daqueles que dormem, e o Cristo, como guia visível através das mensagens, toca os clarins da eternidade anunciando novo dia de libertação das criaturas, mostrando onde está Deus e que é Deus, que nos espera, filhos do seu Coração, de braços abertos, como Pai de Amor
Miramez:
Quem foi Miramez:
Fernando Miramez de Olivídeo era filho de casal nobre do norte da Espanha. Sua mãe nascera na França e seu pai era de origem portuguesa.
QUESTÃO 01 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Parte Primeira
Das causas primárias
CAPÍTULO I
DE DEUS
1. Deus e o infinito. - 2. Provas da existência de Deus. - 3. Atributos da Divindade. - 4. Panteísmo.
Deus e o infinito
1. Que é Deus?
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME I
Questão 01 comentada
CAPÍTULO 01
0001/LE
A SUPREMA INTELIGÊNCIA
O primeiro interesse de Allan Kardec foi saber dos Espíritos quem era Deus e eles responderam dentro da maior simplicidade, mas com absoluta segurança: Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas.
Não poderemos nos sentir seguros onde quer que estejamos, sem pelo menos alimentar a idéia de uma fonte criadora e imortal. O estudo sobre o Senhor nos dá um ambiente de fé que corresponde, na sua feição mais pura, à vontade de viver. Sentimos alegria ao entrarmos em contato com a natureza, pois ela fala de uma inteligência acima de todas as inteligências humanas, de um amor diferente daquele que sentimos, de uma paz operante nos seus mínimos registros de vida. O Deus que procuramos fora de nós está igualmente no centro da nossa existência, porque Ele está em tudo, nada vive sem a Sua benfeitora presença.
O Criador estabeleceu leis na Sua casa maior, que cuidam da harmonia na mansão divina, sem jamais esquecer do grande e do pequeno, do meio e dos extremos, para que seja dado, a cada um, segundo as suas necessidades. Não existe injustiça em campo algum de vida, pois cada Espírito ou coisa se move no ambiente que a sua evolução comporta; daí resulta o porquê de devermos dar graças por tudo o que nos é colocado no caminho.
É justo, entretanto, que nos lembremos do esforço individual, e mesmo coletivo, de sempre melhorar, como sendo a nossa parte, para alcançarmos o melhor. Aquele que acha que tem fé em Deus, mas que vive envolvido em lugares de dúvida, com companheiros que não correspondem às suas aspirações de esperança, ainda carece da verdadeira fé, iluminada pela temperatura do amor. É a confiança que requer reparo. Assim sucede com todas as virtudes conhecidas e, por vezes, vividas por nós.
Estudemos a harmonia do Universo, meditemos sobre ela, pedindo ao Mestre que nos ajude a compreender esse equilíbrio divino, porque se entrarmos em plena ressonância com a Criação sanar-se-ão todos os problemas, serão desfeitas todas as dificuldades e todos os infortúnios cessarão. Somente depois disso, pelas vias da sensibilidade e pelo porte espiritual que escolhemos para viver, é que teremos a resposta mais exata sobre o que é Deus.
Conhecer e Amar são duas metas que não poderemos esquecer em todos os nossos caminhos. Esses dois estados d'alma abrir-nos-ão as portas da felicidade, pelas quais poderemos viver em pleno céu, mesmo estando andando e morando na Terra. A Suprema Inteligência está andando conosco e falando constantemente aos nossos ouvidos, em todas as dimensões do entendimento, porém, nós ainda estamos surdos aos Seus apelos e passamos a sofrer as conseqüências da nossa ignorância. Todavia, o intercâmbio entre os dois mundos acelera uma dinâmica sobremodo elevada a respeito das coisas divinas, para melhor compreensão daqueles que dormem, e o Cristo, como guia visível através das mensagens, toca os clarins da eternidade anunciando novo dia de libertação das criaturas, mostrando onde está Deus e que é Deus, que nos espera, filhos do seu Coração, de braços abertos, como Pai de Amor
Miramez:
Quem foi Miramez:
Fernando Miramez de Olivídeo era filho de casal nobre do norte da Espanha. Sua mãe nascera na França e seu pai era de origem portuguesa.
Miramez inteligente e estudioso, aprofundava-se na história dos povos e das nações da Terra. Deteve-se com interesse na descoberta das Américas, em cujo evento destacaram-se Cristóvão Colombo e Pedro Álvares Cabral, apaixonando-se, ainda que sem conhecê-las fisicamente, pelas Terras de Santa Cruz. Tal era o seu interesse por elas, que por várias vezes visualizava-se desembarcando em portos da terra que já sentia ser abençoada.
Acompanhou interessadamente a implantação do trabalho escravo do homem de raça negra, levado à força do continente africano, que, por sua característica passiva, aceitava o grilhão e o açoite, servindo aos interesses daqueles que avidamente se apossaram das terras.
Colocava-se sempre, em pensamento, no meio do povo humilde, regozijando-se com a bravura dos índios, embora no fundo soubesse que acabariam dominados pelos estrangeiros, que dispunham dos meios para submetê-los. Contudo, nesta luta onde os fracos pediam socorro aos homens de bem, os céus jamais ficariam em silêncio, nem deixariam sem resposta os clamores dos oprimidos, apesar do carma coletivo dos povos e nações.
Fernando Miramez era íntimo de Felipe IV, rei da Espanha, que conhecia seus princípios de integridade e os dotes e os dotes de elevada moral de que era portador. Para o rei, Fernando Miramez tinha algumas deficiências que necessitava ser corrigidas: era avesso às guerras, repudiava a violência e propugnava pelo direito dos povos e, principalmente, dos indivíduos.
Desceu Miramez pela primeira vez em corpo físico, nas terras com as quais sempre sonhara. Com que agindo segundo os ditames do coração, descalçou as botas e pisou a terra, sentindo-a sob seus pés, como se identificando com ela, recebendo-lhe o colar. Ao mesmo tempo, lágrimas que marejavam seus olhos caíam no solo generoso que as recebia, umedecendo-se com elas, ocorrendo desse modo uma permuta de valores, cujo resultados benéficos seriam constatados através dos tempos.
Em 1653, desceu no Maranhão, onde se encontrava Fernando, o temido político e pregador, representante de Roma e de Portugal - Pe Antônio Vieira - que em seus famosos sermões acionava forças desconhecidas e dominava com facilidade aqueles que o ouviam. Era esse homem que Felipe IV, rei da Espanha, temia retornasse ao Brasil.
Em cumprimento à missão de que estava incumbido, comunicava ao seu soberano os acontecimentos que poderiam ser benéficos ao Brasil, omitindo notícias que poderiam prejudicar os povos que nele já lançavam raízes.
Com o passar do tempo e por impositivo do progresso, tudo foi mudando, e assim acontecia com os conceitos e interesses. Isso agradava sobretudo ao nosso personagem, que já tinha nos índios e nos escravos a sua própria família.
Miramez, então, resolveu enviar procurações a amigos de sua confiança, autorizando-os a dispor dos seus bens e distribuir o resultado entre os carentes e sofredores da Península Ibérica.
Não chegou a ficar sabendo o que foi feito de suas riquezas materiais, porém, passou a viver um estado de consciência tranqüila, única riqueza que acompanha seus portadores eternidade a fora.
Após aquela providências, sua vida em muito mudou. Aquele homem culto e fascinante foi descoberto pelos catequizadores entre os índios e os escravos africanos, como pastor de dois rebanhos. Alguns índios e negros não se davam bem, hostilizando-se mutuamente. Trabalhando arduamente pela aproximação e convivência das duas raças, em pouco tempo seus esforços eram coroados de êxito, quando índios e negros festejavam juntos suas tradições, unidos pelos laços da amizade e do sofrimento.
Miramez, então, passou a freqüentar o grupo de cataquizadores por encontrar ali campo propício à prática dos seus ideais. Como resultado de seu trabalho e esforço conjunto, mais tarde foi promulgada, em 1680, a lei de proteção aos índios.
Junto com jovens escravos, que vez por outra recebiam permissão de seus senhores para visitares seus pais e avós, Miramez, certa manhã, buscou os casebres para rever seus tutelados, levando-lhes o conforto de sua palavra fraterna e confortadora. Todos o tinham como o "Pai Branco", "Filho do Sol" ou "Homem Que Veio da Luz".
Quando encarnado era, alto, de porte esbelto e nobre, cabelos encaracolados da cor de ouro velho, os quais trazia amarrados para trás. Tinha testa ampla, denotando inteligência, tez bronzeada pelo tórrido sol do norte, olhos verdes que lembravam os canaviais; os dois incisivos da frente eram ligeiramente separado.
Apesar do constante sorriso nos lábios, seu semblante era grave; algumas rugas já demonstravam as conseqüências do desconforto físico e dos trabalhos em favor dos humildes.
Seu desencarne ocorreu num quadro de elevada suavidade. Os negros e os índios catequizados formavam extensa fila para beija-lhe as mãos, que tanto os ajudaram a viver. Enquanto este lúcido, Miramez abençoava-os, um por um.
Nos momentos derradeiros, Fernando Miramez de Olivídeo percebeu a presença da mãe extremosa, bem como de sublimada entidade que ele prefere não identificar, por julgar não merecer tamanha honra,
Com lágrimas nos olhos, Miramez desprendeu-se do vaso físico e, já fora dele, chorou de felicidade e agradecimento, por ter ingressado no Brasil pelas portas do amor e da caridade, que lhe foram abertas por Jesus.
(Esta biografia foi extraída do livro INICIAÇÃO, psicografado pelo médium João Nunes Maia, ditada pelo espírito LANCELLIN, conforme informações contidas no livro da fonte de pesquisa: Horizontes da Mente psicografado por João Nunes Maia, pelo espírito de Miramez)
PERFIL DE MIRAMEZ
Frase do dia
"Se tu és o centro, mesmo involuntário, de algum fato desagradável, que tu sejas a primeira pessoa a sorrir, desfazendo tensões e aborrecimentos capazes de aparecer." Denzus
FRASCO DE MAIONESE E CAFÉ
Recebi esta mensagem por e-mail do amigo Jader e quero compartilhar com vocês:
Lindo Dia à todos!!!!!!!!!!!!!
Quando as coisas na vida parecem demasiado, quando 24 horas por dia não são suficientes...Lembre-se do frasco
de maionese e do café.
Um professor, durante a sua aula de filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o...tirou a maionese e encheu-o com bolas de golf.
A seguir perguntou aos alunos se o Frasco estava cheio. Os estudantes responderam sim.
Então o professor pega numa caixa cheia de pedrinhas e mete-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de golf.
O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim.
Então...o professor pegou noutra caixa...uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o pofessor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime "Sim !".
De seguida o professor acrescentou 2 xícaras de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes nesta ocasião começaram a rir-se...mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:
'QUERO QUE SE DÊEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA
A VIDA'.
As bolas de golf são as coisas Importantes:
como a FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS, tudo o que você AMA DE VERDADE.
São coisas, que mesmo que se perdessemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias.
As pedrinhas são as outras coisas que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.
A areia é tudo o demais, as pequenas coisas.
'Se puséssemos 1º a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de golf.
O mesmo acontece com a vida'.
Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes.
Preste atenção às coisas que são cruciais para a sua Felicidade.
Brinque ensinando os seus filhos, Arranje tempo para ir ao medico,
Namore e vá com a sua/seu namorado(a)/marido/mulher jantar fora,
Dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos Pratique o seu esporte ou hobbie favorito.
Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro...Ocupe-se sempre das bolas de golf 1º, que representam as coisas que realmente importam na sua vida.
Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...
Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café.
O professor sorriu e disse:
"...o café é só para vos demonstrar, que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
MARIA MODESTO CRAVO - Entrevistada por Wanderley S. Oliveira
Entrevista mediúnica sobre a humanização de nossas Casas Espíritas, com Maria Modesto Cravo, pelo médium Wanderley S. Oliveira, realizada em 16 de abril de 2009.
Como a senhora avalia esses primeiros anos do período da maioridade do Espiritismo, conforme o enfoque de Bezerra de Menezes?
A semente está plantada. A árvore será reconhecida pelos frutos conforme assevera o Evangelho.
A ideia da humanização trouxe contribuições à nossa comunidade espírita?
Sem dúvida. A humanização acolheu e motivou o idealismo que já era pulsante em milhares de corações, deixando-os mais confiantes em seus sonhos de fraternidade.
Será que entendemos o conceito de humanização trazido por vocês do mundo espiritual?
Em parte.
Por que em parte?
Humanizar é tornar humano, assumir nossa humanidade, entrar em contato com ela, retirar as máscaras da hipocrisia que por longo tempo têm nos mantido cativos de padrões e julgamentos. Humanizar é ser autêntico, saber interpretar a consciência e estudar a natureza das intenções que movem os propósitos da alma. Humanizar é ser quem somos trabalhando conscientemente para tornarmo-nos senhores de nossas vidas, donos de nossos destinos, desbravadores de nossa própria luz.
É um conceito muito amplo!A senhora acha que nós tivemos alguma melhora?
A melhora possível.
Por favor, explique.
Muitos idealistas enxergam o maior entrave para expansão das idéias da humanização nas trevas e nas organizações do Espiritismo organizado. De nossa parte, nunca tivemos dúvida de que o remédio da atitude de amor é uma receita apropriada, antes de tudo, para quem nela percebe a eficácia curativa das enfermidades morais. Para não deixar dúvidas a ninguém, vejam os desafios a serem vencidos mesmo entre os que ergueram o estandarte da maioridade do Espiritismo, desde o lançamento da obra "Seara Bendita". O remendo de pano novo é uma roupagem diferente para velhas atitudes. Quem se encantar com a grandeza das idéias humanizadoras necessita prioritariamente avaliar em si mesmo o quanto necessita de tal receituário. Sem esse exame corajoso e despojado, faremos remendos novos em panos rotos. Teremos planos e iniciativas que terão o colorido, mas não o conteúdo do humanismo cristão e legitimamente fraterno. Jesus encontrou as primeiras manifestações de traição, abandono, ofensa e negação dentro do próprio colégio apostólico. Não foram as organizações sectárias ou os adversários fora do corpo os responsáveis diretos pela tragédia do calvário, mas sim o medo de Pedro, a ilusão de Judas e a mágoa dos discípulos com o povo romano.
Então, não estamos prontos para a maioridade, dona Modesta?
Creio que nenhum de nós está pronto, meu filho. Estamos atraídos. Alguns mais dispostos. Isso já é muito. O problema não é este.
Onde o problema?
Em não enxergar isso e achar-se capacitado para as idéias novas acompanhadas de hábitos, métodos e posturas velhas. Vislumbrar a grandeza da proposta da humanização não significa que já a vivamos.
A senhora tem razão. Que sugestão nos daria sobre o assunto?
Não fazer remendo de pano novo em pano velho como nos propõe Jesus. Abriguem-se no deserto das reflexões pessoais assim como fora recomendado a Saulo, logo após ver Jesus. Vale lembrar que o próprio discípulo de Tarso, iniciou uma campanha precipitada pela divulgação dos ensinos e foi advertido por Ananias com as seguintes palavras: "- Para ser sincero - disse Ananias com a sua experiência dos homens -, acho que deves ser muito prudente nesta nova fase religiosa. É possível que teus amigos da sinagoga não estejam preparados para rece ber a luz da verdade toda. A má-fé tem sempre caminhos para tentar a confusão do que é puro." - Paulo e Estevão - segunda parte - capítulo 01 - Rumo ao Deserto Como definiria de modo prático os três ciclos de setenta anos descritos por doutor Bezerra na mensagem "Atitude de Amor"? Os primeiros setenta anos, o despertamento. O segundo ciclo, o consolo através da ação fraterna e do esclarecimento. Estamos agora no ciclo da educação. Sem esse terceiro ciclo o Espiritismo não passará de mais uma filosofia estanque.
Como são analisados por vocês no mundo espiritual os ataques às idéias saudáveis da humanização da seara espírita?
Como uma prova eloqüente do quanto a idéia é necessária. A humanização toca em uma ferida aberta de nossa caminhada espiritual, ou seja, a convivência. Se quisermos avaliar o quanto estamos em sintonia com os ensinos da Doutrina e do evangelho, é só aferir nossas relações. É na convivência que se testemunha a atitude de amor. A idéia da humanização incomodou multidões que, a exemplo da figueira estéril, só tinham as folhas do adorno religioso. O Espiritismo nos lábios e distante do coração. Cérebro congestionado de cultura doutrinária e coração contaminado pelo preconceito. Atacar, de certa forma, é uma ação defensiva quando nossas ilusões são ameaçadas.
Que pontos poderiam ser mais bem conduzidos pelos comunicadores da proposta Atitude de Amor cuja alma é a humanização da seara espírita?
Uma experiência mediúnica mais sensata e focada em resultados íntimos e não fenomênicos. Uma convivência sem idealização, com mais afeto e autenticidade. Tais lições, todavia, só poderão encontrar eco em nosso comportamento quando nos matricularmos na escola da educação dos sentimentos, reconhecendo definitivamente a extensão de nossas necessidades e o campo precioso de nossos talentos a serem desenvolvidos.
E qual sugestão nos da a respeito de nossos sentimentos?
Vou alinhar apenas duas. Elas já lhes darão muito serviço nesta vida. Educarem-se para entender a importância da mágoa no auto-descobrimento e iniciar uma investigação profunda e perseverante para perceberem as sutis expressões da arrogância nos sentimentos. Cuidando dessas duas vertentes morais de aprimoramento, estarão aplicando um tratamento eficaz contra uma das mais velhas enfermidades do coração na nossa trajetória milenar: a compulsiva necessidade de apropriação da verdade, o nosso personalismo enfermiço.
Por que queremos ser os donos da Verdade, dona Modesta?
Queremos ser donos da verdade, porque é muito mais fácil acomodar-se em limites que nos causam a sensação de conforto e segurança. Ter que avançar, romper com idéias e conceitos, ter a coragem de arriscar e experimentar é algo incomodo. Ir além dos nossos limites é aterrorizante para a maioria de nós. Nenhum de nós, a pretexto de progresso, precisa se violentar. A mente estabelece limites e não permitirá que ultrapassemos as linhas da sanidade. Entretanto, aqui estamos falando do ócio mental, a tendência humana de apegar-se a convenções socialmente aceitáveis pela maioria, a fim de nos proteger do movimento dinâmico e inestancável do progresso. Esse dinamismo implica em esforço de mudança. Coragem para fazer escolhas. Reavaliação de pontos de vista. Arriscar para aprender. Rmper com o conhecido e desvendar o ignorado. Recomeço quantas vezes necessárias for. Qual de nós está disposto a tanto? É muito ameaçador ter que contrariar nossos próprios conceitos. Mais fácil é se agarrar a eles como sendo a expressão da verdade a admitir que possamos estar em equivoco. Isso se chama zona de acomodação. Quem está nela alimenta-se de apego, intolerância, julgamento e inveja. Nossa compulsão pela propriedade da verdade tem algo a ver com nossa necessidade de proteger-nos dos chamados que a vida nos faz a cada instante da caminhada. Jesus, diante de Pilatos, não respondeu o que é a verdade, por reconhecer o traço de apatia que caracterizava seu ser indolente. Para Pilatos daria muito trabalho ser justo com Jesus.
Como considerar se o que os homens fizeram pela organização do Espiritismo atende ou não aos imperativos da obra do Cristo? Enfim, os trabalhos nesses 150 anos da doutrina, foram pelo cristo ou pelo nosso personalismo?
Inegavelmente, muito foi feito pela expansão dos conceitos espíritas no mundo. A Doutrina foi a mais beneficiada com a história do movimento espírita brasileiro. Sob esse enfoque, o esforço generoso de milhares de corações construiu uma obra que se afina com o coração do Cristo em identidade de propósitos. Entretanto, no que tange a aplicação da Doutrina em nosso campo de vida pessoal, a invigilância, quase generalizada, semeou abundantemente o joio na leira de Jesus. A pergunta básica que nós devemos fazer constantemente para que essa aferição seja realizada com proveito real, é a seguinte: que benefícios espirituais legítimos construímos pela nossa própria paz consciencial? Algumas indagações do próprio Jesus precisam ser relembradas para nos ajudar a pensar esse tema: "Que fazeis de especial?", "Que adianta ao homem ganhar todo o mundo e perder sua alma?"
O que a senhora acredita que deveríamos ter feito na implantação histórica do movimento espírita?
Prestado mais atenção ao livro Paulo e Estevão.
Por quê?
Porque o benfeitor Emanuel, a pedido do Mais Alto, o escreveu, prevendo as lutas que o movimento espírita atravessaria e cujos reflexos podem ser claramente percebidos nos dias atuais. Paulo foi o mensageiro da libertação da mensagem evangélica. Espalhando a semente da Boa Nova entre os povos, ele fez o trabalho de guardar nos celeiros do coração puro o alimento farto da liberdade de pensar e do respeito às diferenças, para que no inverno das provações a leira do Cristo não amargasse a falência. Saindo de Jerusalém, onde o broto tenro do Evangelho nascente foi asfixiado pelo convencionalismo estéril, ele garantiu a semeadura livre e farta. A tarefa da humanização entre nós os seguidores de Jesus significa, antes de tudo, o desafio de superar nossas tendências de separatismo e desconfiança, aprendendo a construir uma relação protetora, mas também fraterna, cuidadosa, todavia, rica em afeto espontâneo. Ninguém é obrigado a título de humanizar as relações perder sua identidade ou guardar submissão. Compete-nos o discernimento em assuntos de convivência fraternal. A união nos laços de fraternidade solicita-nos desprendimento e trabalho em muitos lances do caminho. O trabalho de desapegar-nos de nossos pontos de vista para garantir os melhores sentimentos que possuímos uns em relação aos outros. Paulo de Tarso, convencido da interferência judaica na Casa do Caminho, agiu sempre com larga generosidade amealhando recursos materiais e espirituais para sustentar os serviços de Pedro e dos demais servidores da obra em Jerusalém.
Diante deste quadro, mais que nunca fica a interrogação de nosso Mestre: "Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?" - Mateus, 5:46.
Oficina dos Sentimentos - novos caminhos para a educação no centro espírita - PARTE II - 07/07/2010
“Temos no Hospital Esperança os grupos de reencontro que são atividades de psicologia da alma com fins terapêuticos e educacionais – verdadeiras oficinas do sentimento. No plano físico, atividades similares poderão constituir uma autêntica pedagogia de contextualização para a mensagem de amor contida no evangelho e na codificação Kardequiana.” –
Trecho extraído do livro “Escutando Sentimentos” da autora espiritual de Ermance Dufaux, psicografado pelo médium Wanderley Oliveira – Editora Dufaux.
Como aplicar uma Oficina dos sentimentosContinuando o artigo do número anterior, vamos hoje falar da prática da OS.
Um ponto que logo de início se torna vital: não existe e nem nunca deverá existir padrões rígidos para essa atividade.
Uma oficina dos sentimentos não se propõe a ser um grupo de estudos dos sentimentos simplesmente, mas um diálogo honesto sobre o que se passa na vida emocional à luz dos princípios do Espiritismo e do Evangelho. Diante disso a primeira questão que surge é: como coordenar uma OS sem estar comprometido com o ideal de educação de seus próprios sentimentos?
Claro que um grupo que se reúne com esse propósito não vai ter toda abertura desejável para início logo de início. Essa conquista é paulatina e deve ser feita em clima de segurança e conforto sobre o que e como dialogar. Assim, pouco a pouco, surgirá o ambiente de confiança para que a exposição do que sentimos não seja mal interpretada ou indevidamente usada pela maledicência
O grande diferencial dessa metodologia de ensino consiste em retirar de dentro, falar do que habitualmente não se fala nos grupos espíritas. Nos estudos da doutrina, quase sempre, temos por objetivo a informação e na OS o foco é como usar essa informação para efetivar a nossa transformação.
Há um público enorme e ávido dessa abordagem. Pessoas que já acumularam vastos conhecimentos espíritas, e não sabem como resolver suas questões íntimas mais afligentes e determinantes para sua paz.
Será desejável que o número de seja pequeno para que todos possam participar. Se for escolhido um livro para nortear, deverá ser usado apenas como consulta periódica.
Outro aspecto importante: a OS não é um consultório de terapia. Se a conversa ficar íntima em excesso a ponto de causar um desconforto no grupo, estamos no limite. Sempre nos perguntam se essa iniciativa precisa ser coordenada por um psicólogo e eu sempre respondo “não”. Não é uma um encontro de psicoterapia. É um encontro de amigos.
O êxito está no preparo que desenvolve o facilitador para conduzir o grupo a um dialogo criativo e não levar nada pronto e concluído sobre o tema. Fique claro que esse facilitador para conduzir a OS a bons rumos deve ter um bom conhecimento doutrinário.
Como fazemos em nossa Casa EspíritaNa SEED – Sociedade Espírita Ermance Dufaux, em Belo Horizonte, coordenamos a OS de modo simples e muito prático. A última turma, por exemplo, na primeira reunião discutimos a diferença entre OS e estudo espírita sistematizado. Em seguida organizamos, por consenso, cinco sentimentos que seriam alvo de nossos diálogos que foram: mágoa, medo, culpa, orgulho e inveja. Já na segunda reunião começamos a conversa sobre culpa. A tarefa durou 8 meses.
Na condição de coordenador, meu papel era o de instigar o pensamento. Não levava nada pronto e deixava o grupo à vontade para dizer o que quisesse sobre uma pergunta. Normalmente eu começa pelo básico mesmo, algo como “O que é a culpa?”.
É com o material humano que se constrói a OS. Cada frase do grupo, uma experiência ou caso contado, uma dúvida, um questionamento, enfim tudo que surge é possível de ser aproveitado, reciclado e colocado como ingrediente para compor o clima saudável do encontro.
Tivemos noites de muita alegria e descontração. E também tivemos ocasiões em que o assunto mexeu demais deixando-nos pensativos ou incomodados.
A beleza desses encontros reside na possibilidade de você poder se colocar, se expor em busca de alternativas à muitas das angústias que nos atormentam. Bem diferente dos estudos sistematizados que tem o dia próprio e adequado para se fazer uma pergunta que gostaríamos fosse respondida naquele momento angustiante da vida.
Em resumo, a OS é o ambiente para falarmos de muitas questões pessoais que não temos oportunidade de discutir sob a ótica da doutrina e do Evangelho, preservando, sobretudo, nossas necessidades mais profundas de transformação e crescimento.
É um projeto e uma vivência que nos leva a conhecer Espiritismo nos conhecendo, nos incluindo no processo de ensinar. O diferencial da OS é a educação em um dos focos mais emergentes para nossa paz e felicidade, ou seja, nos sentimentos, na educação emocional do ser.
O clima educacional da OSNo quadro anexo, fica muito clara a distinção dessa metodologia em relação aos abençoados estudos sistematizados que já são realizados nos Centros Espíritas. A oficina é uma ferramenta educacional cujo enfoque é o como fazer.
Nesse momento em que o estudo da doutrina, tão valoroso e encantador, nos oferece instrução suficiente para despertarmos para a realidade do que nos cerca, torna-se imprescindível saber o que fazer com essa bagagem. Nem sempre as pessoas muito informadas, já se libertaram das suas amarras conscienciais. Instrução nem sempre significa libertação.
A OS bem conduzida é apenas um entre os vários caminhos para aplacar um pouco o clamor de multidões de irmãos de ideal que, a despeito de tanto saberem, não conseguem desenvolver atitudes que correspondam aos seus anseios mais sinceros de melhoria e autenticidade.
Allan Kardec, usando outras palavras, já expressou tal proposta ao dizer: “A educação, convenientemente entendida, constitui a chave do progresso moral. Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres, como se conhece a de manejar as inteligências, conseguir-se-á corrigi-los, do mesmo modo que se aprumam plantas novas. Essa arte, porém, exige muito tato, muita experiência e profunda observação. É grave erro pensar-se que, para exercê-la com proveito baste o conhecimento da Ciência.” - Allan Kardec – questão 917 O Livro dos Espíritos
A Oficina dos Sentimentos é uma ocasião criativa de aprendermos a manejar nosso mundo emocional. Sem essa arte, corremos um largo risco de, mais uma vez, congestionarmos o pensamento de religião e não viver a religiosidade que deve se expressar nas atitudes de cada dia em favor do bem de todos nós.
fonte: http://www.wanderleyoliveira.blog.br/
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Seiscentos e Sessenta e Seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas: há tempo...
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente...
Quando se vê, já são seis horas: há tempo...
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente...
Oficina dos Sentimentos - novos caminhos na educação espiritual
Educação: um conceito em mutação
A educação, assim como todas as áreas do conhecimento humano, passa por mudanças rápidas e profundas. A escola moderna, mais que nunca, vem atualizando seus métodos de ensino em função das necessidades emergentes do ser humano nos dias de hoje.
Um ponto fundamental nesse cenário é o próprio conceito de educação que foi construído ao longo dos séculos, focado em transmitir conhecimento. Percebe-se hoje que isso necessariamente não é educação, mas sim uma ferramenta educacional chamada instrução. Educar vai muito além de armazenar saberes. A prova disso é que hoje temos uma sociedade intelectualizada e primariamente capacitada em valores e habilidades que sejam suficientes para propagar a justiça, o bem e a ética.
A palavra educare que vem do latim quer dizer "ex" (fora) + "ducere" (conduzir, levar), ou seja, extrair para fora, retirar de dentro, vir à luz. Educar é oferecer condições para que o homem descubra seus próprios talentos e vocações e os desenvolva. É fazer contato com os potenciais latentes que Deus depositou em cada um de nós. Portanto, somente com instrução esse objetivo central da arte de educar fica incompleto.
Uma pergunta tornar-se imprescindível, a nós espíritas, diante deste contexto social: temos acompanhado esse ciclo de progresso? Estamos educando espiritualmente o ser humano que busca o Espiritismo? O conhecimento espírita colabora na formação de homens de bem ou apenas oferece subsídios informativos sobre assuntos espirituais? Somente a poder de conhecimento espírita consegue-se oferecer condições ao ser humano para ser mais feliz e capaz de promover sua libertação consciencial?
Divulgação ou educação?
Começa a ficar mais claro que anos e mais anos de instrução doutrinária não são sinônimos de paz interior ou conduta moralizada. É comum amealharmos décadas de Espiritismo e, ainda assim, trazer a alma aflita e conturbada. Constata-se após um longo período de intensa divulgação da doutrina que a instrução não foi suficiente para apontar soluções aos dramas íntimos da vida emocional.
Falta um investimento maduro e consciente na aplicação prática da sabedoria do autoconhecimento e, mais que isso, na arte de nos educar para aprender a amar de verdade, inclusive a nós próprios.
Mais que informação espírita, estamos carentes de transformação espírita. Mais do que ser espíritas que atuam em tarefas, ser homens que ajudam a melhorar a vida em toda parte, incluindo o nosso próprio bem-estar. Mais que instrução doutrinária, precisamos de soluções aplicáveis para erradicar nossas dores, desenvolver nossos talentos e construirmos o homem de bem que Allan Kardec se refere em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, itens um e dois.
Afinal, usando bom senso e amor, nós viemos aqui na Terra foi para isso: superar os sofrimentos, colocar nossa luz para fora, extrair de dentro o ser maravilhoso que todos possuímos latente na intimidade. Quem ainda dorme nos braços da aflição com justificativas de pagar débitos e resgatar faltas corre o risco de enquadrar-se em provas das quais já podia ter saído há bom tempo, além de tornar sua própria existência um mar de tormenta a título de melhoria espiritual.
A divulgação esclarece, mas só a educação pode salvar!
Onde entra a oficina dos sentimentos?
Quero agora preparar o terreno para a parte II desse artigo na qual vou falar sobre o que é a oficina dos sentimentos, como aplicá-la e quais foram os resultados educacionais desse método na mudança desse cenário em que se encontra o ensino espírita.
Não se trata de um método de substituição da instrução espírita, mas sim complementar, já que lida com todas as bases do Espiritismo dirigidas para a vida subjetiva do homem. Basicamente a proposta da oficina é educar a alma para ser feliz.
A oficina dos sentimentos é uma experiência inspirada no relato do espírito Ermance Dufaux, em seus livros “Escutando Sentimentos” e “Lírios de Esperança”, nos quais são discorridos sobre métodos e técnicas usadas no Hospital Esperança no tratamento de seus internos. O Hospital Esperança é uma obra de amor erguida por Eurípedes Barsanulfo no mundo espiritual para socorrer religiosos cristãos falidos que não conseguiram erguer a libertação de suas consciências à luz do evangelho.
Considerando que o os benfeitores realizam essa tarefa do “lado de lá”, surgiu a idéia de trazer para cá a experiência que se espalhou por vários grupos espíritas no Brasil e no exterior.
É um projeto e uma vivência que nos leva a conhecer Espiritismo nos conhecendo, nos incluindo no processo de ensinar. O diferencial da Oficina dos Sentimentos é a educação em um dos focos mais emergentes para nossa paz e felicidade, ou seja, nos sentimentos, na educação emocional do ser.
Para uma noção inicial do tema que será concluída no próximo artigo, vamos analisar o quadro ilustrativo que faz uma distinção bem didática sobre os caminhos da instrução e da educação, isto é, do aprimoramento dos potenciais humanos que ainda não sabemos como administrar coerentemente com os princípios que fundamentam a teoria espírita.
Voltarei a abordar o quadro ilustrativo com mais detalhes, porém, observe que tudo parte da mudança de conceito entre ensinar Espiritismo através de conteúdos e práticas e ensinar o ser humano a se libertar onde ele mais necessita consolidar seus valores pela educação: na vida emocional que se expressa na convivência.
A educação, assim como todas as áreas do conhecimento humano, passa por mudanças rápidas e profundas. A escola moderna, mais que nunca, vem atualizando seus métodos de ensino em função das necessidades emergentes do ser humano nos dias de hoje.
Um ponto fundamental nesse cenário é o próprio conceito de educação que foi construído ao longo dos séculos, focado em transmitir conhecimento. Percebe-se hoje que isso necessariamente não é educação, mas sim uma ferramenta educacional chamada instrução. Educar vai muito além de armazenar saberes. A prova disso é que hoje temos uma sociedade intelectualizada e primariamente capacitada em valores e habilidades que sejam suficientes para propagar a justiça, o bem e a ética.
A palavra educare que vem do latim quer dizer "ex" (fora) + "ducere" (conduzir, levar), ou seja, extrair para fora, retirar de dentro, vir à luz. Educar é oferecer condições para que o homem descubra seus próprios talentos e vocações e os desenvolva. É fazer contato com os potenciais latentes que Deus depositou em cada um de nós. Portanto, somente com instrução esse objetivo central da arte de educar fica incompleto.
Uma pergunta tornar-se imprescindível, a nós espíritas, diante deste contexto social: temos acompanhado esse ciclo de progresso? Estamos educando espiritualmente o ser humano que busca o Espiritismo? O conhecimento espírita colabora na formação de homens de bem ou apenas oferece subsídios informativos sobre assuntos espirituais? Somente a poder de conhecimento espírita consegue-se oferecer condições ao ser humano para ser mais feliz e capaz de promover sua libertação consciencial?
Divulgação ou educação?
Começa a ficar mais claro que anos e mais anos de instrução doutrinária não são sinônimos de paz interior ou conduta moralizada. É comum amealharmos décadas de Espiritismo e, ainda assim, trazer a alma aflita e conturbada. Constata-se após um longo período de intensa divulgação da doutrina que a instrução não foi suficiente para apontar soluções aos dramas íntimos da vida emocional.
Falta um investimento maduro e consciente na aplicação prática da sabedoria do autoconhecimento e, mais que isso, na arte de nos educar para aprender a amar de verdade, inclusive a nós próprios.
Mais que informação espírita, estamos carentes de transformação espírita. Mais do que ser espíritas que atuam em tarefas, ser homens que ajudam a melhorar a vida em toda parte, incluindo o nosso próprio bem-estar. Mais que instrução doutrinária, precisamos de soluções aplicáveis para erradicar nossas dores, desenvolver nossos talentos e construirmos o homem de bem que Allan Kardec se refere em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, itens um e dois.
Afinal, usando bom senso e amor, nós viemos aqui na Terra foi para isso: superar os sofrimentos, colocar nossa luz para fora, extrair de dentro o ser maravilhoso que todos possuímos latente na intimidade. Quem ainda dorme nos braços da aflição com justificativas de pagar débitos e resgatar faltas corre o risco de enquadrar-se em provas das quais já podia ter saído há bom tempo, além de tornar sua própria existência um mar de tormenta a título de melhoria espiritual.
A divulgação esclarece, mas só a educação pode salvar!
Onde entra a oficina dos sentimentos?
Quero agora preparar o terreno para a parte II desse artigo na qual vou falar sobre o que é a oficina dos sentimentos, como aplicá-la e quais foram os resultados educacionais desse método na mudança desse cenário em que se encontra o ensino espírita.
Não se trata de um método de substituição da instrução espírita, mas sim complementar, já que lida com todas as bases do Espiritismo dirigidas para a vida subjetiva do homem. Basicamente a proposta da oficina é educar a alma para ser feliz.
A oficina dos sentimentos é uma experiência inspirada no relato do espírito Ermance Dufaux, em seus livros “Escutando Sentimentos” e “Lírios de Esperança”, nos quais são discorridos sobre métodos e técnicas usadas no Hospital Esperança no tratamento de seus internos. O Hospital Esperança é uma obra de amor erguida por Eurípedes Barsanulfo no mundo espiritual para socorrer religiosos cristãos falidos que não conseguiram erguer a libertação de suas consciências à luz do evangelho.
Considerando que o os benfeitores realizam essa tarefa do “lado de lá”, surgiu a idéia de trazer para cá a experiência que se espalhou por vários grupos espíritas no Brasil e no exterior.
É um projeto e uma vivência que nos leva a conhecer Espiritismo nos conhecendo, nos incluindo no processo de ensinar. O diferencial da Oficina dos Sentimentos é a educação em um dos focos mais emergentes para nossa paz e felicidade, ou seja, nos sentimentos, na educação emocional do ser.
Para uma noção inicial do tema que será concluída no próximo artigo, vamos analisar o quadro ilustrativo que faz uma distinção bem didática sobre os caminhos da instrução e da educação, isto é, do aprimoramento dos potenciais humanos que ainda não sabemos como administrar coerentemente com os princípios que fundamentam a teoria espírita.
Voltarei a abordar o quadro ilustrativo com mais detalhes, porém, observe que tudo parte da mudança de conceito entre ensinar Espiritismo através de conteúdos e práticas e ensinar o ser humano a se libertar onde ele mais necessita consolidar seus valores pela educação: na vida emocional que se expressa na convivência.
Maria Modesto Cravo
A dona Modesta de Uberaba Maria Modesto Cravo nasceu na cidade de Uberaba-MG, em 16 de abril de 1899. Teve formação católica, casando-se aos17 anos com Nestor Cravo, em 1915. No ano seguinte transferiram residência para Belo Horizonte e tiveram comofilhos: Eurythmia, Euclydes, Ermelinda, Eduardo, Erasto, Esdras e Erasmo. Maria Modesto teve importante participação no nascente movimento espírita em Uberaba, juntamente com a participação de seu pai e sua tia. Em documentos que tratam sobre os planos pioneiros da doutrina em Uberaba, consta: “em 20 de março de 1910, reuniram-se na casa de José Villela de Andrade os irmãos em crença José Villela de Andrade, Manoel Felippe de Souza, Anselmo Trezzi, João Augusto Chave, Evarista Modesto dos Santos (irmã de João Modesto) e outros, para tratarem dos meios de obter-se os recursos para a aquisição de um terreno e a construção de um edifício, destinados à reunião e mais trabalhos que tinham o objetivo de propagar a Doutrina Espírita. Sentindo os primeiros fenômenos mediúnicos em sua esposa, em forma de obsessão, o que acarretou inúmeros problemas para a família, seu esposo buscou o aconselhamento espiritual, recebendo como orientação que ela fosse ao encontro de Eurípedes Barsanulfo, na cidade de Sacramento-MG. Seu organismo estava fraco, sendo realmente diagnosticada a influenciação, oriunda de espíritos infelizes. Eurípedes indica tratamento físico e espiritual, através da fluidoterapia. Em poucos dias, Maria Modesto apresentava significativa melhora, sendo convidada a trabalhar na equipe mediúnica. Passado pouco tempo, já recuperada, Maria Modesto é orientada por Eurípedes Barsanulfo para se mudar para Uberaba. Em janeiro de 1919, um novo local de trabalho é fundado na cidade mineira, o Ponto Bezerra de Menezes, ao lado da casa de Maria Modesto, onde, juntamente com outros médiuns, ela passa a servir de intermediária dos Benfeitores Espirituais, assistindo a enfermos. Todavia, a assistência não se limitava ao intercâmbio espiritual. Em 1922 inicia-se a realização do Natal dos Pobres, beneficiando os necessitados que ali buscavam o amparo, além da assistência prestada aos cegos, presidiários e outras instituições. Pouco tempo depois de fundada a sede social do Centro Espírita Uberabense, em 13 de maio de 1919, um fato importante ocorre: a comunicação psicográfica através de Maria Modesto, do luminoso espírito Ismael, designado pelo Cristo para organizar o trabalho da propagação da Boa Nova no Brasil. Na época, a direção do Centro Espírita Uberabense resolveu consultar a Federação Espírita Brasileira, para saber da autenticidade da mensagem, sendo confirmada pelo próprio comunicante, na sede da FEB. Recebendo orientações de Bezerra de Menezes, a respeito do trabalho desenvolvido do Ponto, o grupo recebe orientação para iniciarem a construção do Sanatório Espírita de Uberaba, sendo sua planta recebida mediunicamente por Maria Modesto. Em 6 de janeiro de 1928, a pedra fundamental é lançada pelo presidente do Centro Espírita Uberabense, médico sanitarista Henrique von Krugger Schroeder. Em 31 de dezembro de 1934 o Sanatório é inaugurado, exercendo o cargo de diretor clínico, o dr. Inácio Ferreira. Junto ao Sanatório Espírita, o trabalho de Maria Modesto foi constante, tendo a benfeitora encontrado ainda tempo para auxiliar na fundação da União da Mocidade Espírita de Uberaba (UMEU), em 1940. Em julho de 1963, devido a sérios problemas de saúde, Maria Modesto Cravo transfere-se para Belo Horizonte, retornando à Pátria Espiritual em 8 de agosto de 1964, vitimada pelo câncer. Bibliografia: – História do Espiritismo em Uberaba – Carlos Baccelli. – Fonte Viva. out/dez de 2002. Casos Curiosos Certo dia, enquanto residia em Uberaba, ainda solteira, fui visitar dona Maria Modesto, como a chamávamos, com meus pais. Enquanto lá estávamos, ela foi chamada, porque estava chegando um rapaz para ser internado, considerado louco. A família já não agüentava mais. Dona Maria Modesto começou a conversar com os familiares e logo em seguida pediu a eles que o desamarrassem. O rapaz chegou de camisa-de-força. – Mas, como? Arguiu o pai! Ele está fora de si. Está muito violento e poderá agredir qualquer um de nós e até vocês mesmos. – Não, disse ela, ele não fará isso. Por minha conta, tirem a camisa-de-força dele. – Oh! Dona, então é por conta sua, porque eu já não aguento mais. Pois bem, desamarraram o rapaz e ele começou a conversar com ela, naturalmente, respondendo o que lhe era perguntado, com todo respeito e tranquilidade. De outra feita, estando Maria Modesto já doente, em Belo Horizonte, para ser tratada pelo médico Walter Boechat, precisou fazer uma extração cirúrgica do dente. A cirurgia demorou por mais ou menos três horas. Ela própria segurava o seu queixo, enquanto o profissional batia o martelo para abalar o dente. O dentista estava muito preocupado com o estado de saúde dela, pois sabia da doença que a acometia. Dona Maria Modesto o acalmava dizendo: – Fique tranquilo, está tudo indo muito bem. Pode continuar. No dia seguinte. Fomos visitá-la em casa de sua filha. O médico chegou também para fazer seu exame de rotina. Sabendo que o dentista estava presente naquele momento, chamou-o e disse: – Como foi você que fez a extração cirúrgica, é bom que você venha participar do exame a que a submeteremos. Pediu a ela que mostrasse onde foi extraído o dente. Qual não foi a surpresa do dentista quando viu que o local do dente estava completamente cicatrizado, como se nada tivesse acontecido.
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