Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Grupo Espírita "Lar de Dona Modesta": A Águia e a Galinha

Grupo Espírita "Lar de Dona Modesta": A Águia e a Galinha: "A História da Águia-Galinha: Numa tarde sonolenta de verão, voltava um criador de cabras, do alto de uma planura verde. Ao pé da montanh..."

A Águia e a Galinha



A História da Águia-Galinha:


Numa tarde sonolenta de verão, voltava um criador de cabras, do alto de uma planura verde. Ao pé da montanha por onde passava, encontrou, de repente, um ninho de águias todo estraçalhado. Dentro do ninho ainda lá estava um filhote de águia, ferido na cabeça. Parecia morta, a jovem águia, toda ensanguentrada.
Recolhendo-a com cuidado pensou:
-Vou leva-la ao meu vizinho que é um amante de pássaros. Gosta de os empalhar. Talvez queira empalhar este filhote de águia!
E assim fez, foi a casa do amigo empalhador, que o recebeu alegremente, e lá deixou a águiazinha.
-Amanha vou empalha-la, matutou consigo mesmo. Embora pequena vai ser uma ave soberba enchendo de grandeza qualquer sala. Colocou a águia num cesto e foi dormir.
No dia seguinte teve uma grande surpresa. Ao retirar o cesto, percebeu que a águia ainda se mexia. Por misericórdia tratou-lhe as feridas e tentou alimenta-la. Mas a recuperação estava ser lenta, e por isso, o empalhador resolveu coloca-la no seu galinheiro. Uma águia não é uma galinha. Mas as galinhas podem provocá-la para viver, para locomover-se e, quem sabe, para despertar em si a imagem das alturas e buscar, um dia, o sol.
A águia passou a comer milho e ração para galinhas. A águia depressa adquiriu os hábitos das galinhas e o empalhador já nem dela se lembrava.
Passados cinco anos o empalhador recebeu a visita de um naturalista amigo. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
-Este pássaro não é uma galinha. É uma águia.
-De facto - disse o empalhador - é águia, mas foi criada como galinha e por isso deixou de ser águia. Transformou-se numa galinha, apesar das suas magníficas asas!
-Não - retorquiu o naturalista - Ela é e será sempre uma águia. Tem coração de águia. E esse seu coração, fará com que um dia voe até ás alturas.
-Não, não, insistiu o empalhador. Ela transformou-se numa galinha e jamais voará como uma águia.

Então decidiram fazer uma prova.

O naturalista pegou na águia, ergueu-a bem alto e disse-lhe:
-Pertences ás alturas e não ao chão, voa para o infinito do céu como te pede o coração!
Mas a águia, amedrontada, não fez sequer um movimento. Ao olhar em seu redor, e vendo as galinhas a comer milho no solo, deixou-se cair pesadamente e juntou-se a elas.
-Eu disse, ela agora é uma galinha, jamais voltará a ser águia.- comentou o empalhador.
O naturalista ainda não convencido respondeu: - Ela é uma águia e vai seguir a sua natureza. Amanha tentamos novamente.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia para o tecto da casa e sussurrou-lhe:
- Águia abre as tuas asas e voa!
Mais uma vez, a águia-galinha saltou para o solo e juntou-se ás galinhas.
Amanha, sem falta, a farei voar!- resmungou o naturalista ao ver o ar de gozo que o seu amigo esboçava. – Uma águia tem dentro de si o chamado infinito.O seu coração sente os picos mais altos das montanhas. Por mais que seja submetida a condições de escravidão, ela nunca deixará de ouvir a sua própria natureza de águia que a convoca para as alturas e para a liberdade!

No dia seguinte, os dois amigos acordaram cedo. Pegaram na águia e foram para o cume de uma montanha, longe da confusão da cidade. O Sol nascente dourava a montanha. O naturalista ergueu a águia até ao pico da montanha e ordenou-lhe: - Águia desperta do teu sono, deixa nascer o sol dentro de ti. Abre as asas e voa!
A águia olhou em seu redor. Tremia como se experimentasse uma nova sensação. Oh surpresa! A águia ergueu-se, soberba, sobre o seu próprio corpo. Revelou toda a sua força interior e abriu as suas longas asas titubeantes. Esticou o pescoço para a frente e para cima como para medir a imensidão do espaço. Grasnou com o típico kau-kau das águias e levantou vôo. Voou na direcção do sol nascente. Primeiro a medo, mas firme e confiante logo a seguir. Vôou para o alto, para mais alto ainda, até desaparecer no horizonte.
Acabara de irromper plenamente a águia até aqui prisioneira de galinha. Finalmente livre para voar, e voar como águia resgatada rumo ao infinito. E assim vôou até se fundir com o azul do firmamento.


Todos nós temos um pouco de Galinha e de Águia, mas não nos podemos esquecer que fomos criados à imagem e semelhança de Deus! NÓS TAMBÉM SOMOS ÁGUIAS. Nós voamos!

Leonardo Boff

TransformArte:O legado dos nossos laços espirituais Marcadores: transformArte

A arte nos possibilita experimentar sensações, pensamentos e reflexões de maneira única. Às vezes, uma imagem diz mesmo mais do que mil palavras, mas sem dúvida, através da arte podemos buscar o diálogo interno tão necessário para a melhoria pessoal. Arte e espiritualidade são um encontro de indiscutível profundidade para a reforma íntima, por essa razão, desde o início do Perfume Espiritual faço essa proposta: TransformArte.
             Compartilho hoje com você, mais um exercício para sua reflexão. Espero que lhe ajude no seu dia.
             Com carinho
              Bia Molica


 Observe bem a imagem, perceba as cores, as sensações, os detalhes. Do que se trata essa pintura?
               Qual é a história que essa imagem te transmite? O que te faz pensar?
           Será que a sua história, essa que lhe ocorreu observando a imagem, tem alguma semelhança com a minha?

                                                ****
                     A moça fazia dias que se sentia cansada, angustiada. As notícias pelo mundo a lembravam como a vida é preciosa, mas ao mesmo tempo comprimiam seu coração compadecido pelos que sofriam.  Quais as lições que a vida reserva para cada um? Tão difícil de saber, bobagem tentar adivinhar.
                      Absorvida nesses sentimentos, eis que uma lembrança invade faceira o seu estado mental. Em fração de segundos foi transportada para a infância, para a cozinha da avó. Como uma espectadora da cena, observou a avó trabalhando  rodeada de ingredientes. Os aromas que levantavam das panelas, como se ainda fossem vivos, percorreram por todas as camadas do corpo da moça.  Os sons borbulhavam quentes a lhe aconchegar o Ser. A avó preparava o molho para acompanhar uma massa fresca. Que delícia! A moça mesmo observando, sentiu o gosto na sua lembrança e o calor voltou ao coração.
                   De volta ao tempo presente, conseguiu retomar quem era e ainda envolvida com aquela presença, agradeceu a mensagem instrutiva: a vida deve ser saboreada.

                                                        *****
                    As pessoas que amamos, ainda que não estejam mais conosco encarnadas, nos deixam um legado, uma marca, lições muitas vezes transmitidas através do seu exemplo. Pense em alguém que deixou um legado importante para você...o que essa pessoa te ensinou?

A imagem usada neste post é uma pintura do artista Sangram Majumdar, intitulada por ele de:
" Presença¨

retirado do blog: Perfume Espiritual

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Conhecimento de Si Mesmo


Sérgio Biagi Gregório

1) O que significa a palavra conhecer? E conhecimento de si?

Conhecimento. Diz-se da relação entre o sujeito e o objeto. O sujeito é o conhecedor e o objeto o conhecido. Daí, o problema que vem desde a antiguidade: "Em que medida aquilo que os homens se representam se assemelha àquilo que é, independentemente dessa representação?"

Conhecimento de si. É uma espécie de reflexão, ou seja, a volta do sujeito para dentro dele mesmo no afã de descobrir-se. Em termos técnicos, pode-se dizer: "O saber objetivo, isto é, não imediato nem privilegiado, que o homem pode adquirir de si mesmo". (Abbagnano, 1970)
2) Qual a origem do dístico "conhece-te a ti mesmo"?
Este dístico estava colocado no frontispício do oráculo de Delfos. Todos viam a sua inscrição, mas foi Sócrates quem pode vislumbrar o seu alcance filosófico, como demonstra o diálogo abaixo:

— Dize-me Eutidemo, estivestes alguma vez em Delfos?
— Duas vezes, por Zeus!
— Viste, então, a inscrição gravada no templo: conhece-te a ti mesmo?
— Sim, certamente.
— Esta inscrição não te despertou nenhum interesse, ou, ao contrário, notaste-a e procuraste examinar quem tu és?
— Não, por Zeus! Dado que julgava sabê-lo perfeitamente: pois teria sido difícil para eu aprender outra coisa caso me ignorasse a mim mesmo.
— Então pensas que para conhecer quem somos, basta sabermos o nosso nome, ou que, à maneira dos compradores de cavalo que não crêem conhecer o animal que querem comprar antes de haver examinado se é obediente, teimoso...
— Parece-me, de acordo com o que acabas de dizer-me, que não conhecer o próprio valor equivale a se ignorar a si mesmo.
— Os que se conhecem sabem o que lhes é útil e distinguem o que podem fazer daquilo que não podem: ora, fazendo aquilo de que são capazes, adquirem o necessário e vivem felizes; abstendo-se daquilo que está acima de suas forças não cometem faltas e evitam o mau êxito; enfim, como são mais capazes de julgar os outros homens, podem, graças ao partido que daí tiram, conquistar grandes bens e livrar-se de grandes males... Contrariamente, caem nas desgraças. (Xenofonte, Memoráveis, IV, II, 26.) (Sauvage, 1959)
3) Como se passou do grego (gnôthi seauton) para o latim (nosce te ipsum)?
O enfoque grego tinha por objetivo a volta do sujeito sobre si mesmo. Sócrates falava, inclusive, de tomar consciência da sua ignorância. Conhece-te a ti próprio. Quando esta palavra foi traduzida para o latim, ela tomou um cunho moralista, ou seja, um modo de se aperfeiçoar moralmente, desviando-se do seu sentido inicial.
4) Conhecimento de si e autoconsciência são a mesma coisa?
Não. Conhecimento de si é o saber objetivo, isto é, não imediato nem privilegiado, que o homem pode adquirir de si mesmo. Esse termo tem, portanto, um significado diferente de autoconsciência, que é a consciência absoluta ou infinita, e também de consciência, que sempre implica uma relação imediata e privilegiada do homem consigo mesmo. (Abbagnano, 1970)
5) No que se fundamenta o autoconhecimento? Como se conhecer?
O autoconhecimento fundamenta-se na concepção serena e imparcial que cada um faz de si mesmo. Nada de defesa, nada de privilégios. É uma espécie de exercício de aplicar a si o que deseja para os outros.
Podemos nos conhecer pela dor, pelo convívio com o próximo e pela auto-análise. A auto-análise, por exemplo, fundamenta-se numa cosmovisão transcendental da vida. A compreensão integral do homem se apóia em três esteios fundamentais: filosófico: paz com a verdade; o psicológico: paz consigo mesmo; religioso: paz com o ser transcendental.
6) Quais são as instruções de Santo Agostinho?
Todas as noites, antes de dormirmos, deveríamos revisar o dia para vermos como procedemos com os nossos pensamentos, palavras e atos. (Kardec, 1995)
7) Até que ponto você se conhece?

Incomodam-lhe excessivamente certos ruídos – o tique-taque do relógio, o ruído da máquina de costura...?
Quando solitário, em algum lugar, sente depressão ou tristeza?
É capaz de deixar que lhe expliquem um assunto demorado sem interromper quem fala e sem perder a paciência?
Entra, às vezes, atropeladamente em bondes, ônibus, cinemas, teatros, elevadores?
Sente preguiça de lavar-se, pentear-se, cortar o cabelo, enfeitar-se etc.
Se quebra um objeto de pouco valor, sente-se desgostoso?
Bibliografia ConsultadaABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995, perguntas 919 e 919A.
SAUVAGE, M. Sócrates e a Consciência do Homem. São Paulo, Agir, 1959.

II

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Evolução moral e intelectual

Empresário usa discurso "Jesus te ama" para divulgar site de game em Las Vegas. uol - tecnologia - 06/01/2011



Hoje em dia é cada vez mais comum associar “Jesus te ama”, “Deus é bom”as coisas materiais.

Há algum tempo recebi um e-mail de uma conhecida que não via há uns dez anos. Nesse e-mail o titulo era: “DEUS É BOM” e o que seguia era uma fotografia dela com óculos escuros, dentro de um carro zero, e em baixo estava escrito que depois que se tornou seguidora de uma determinada religião Deus estava provendo muitas coisas em sua vida.

Necessitamos sim das coisas da matéria, até mesmo porque se assim não fosse não haveria evolução e ainda estaríamos morando em cavernas. Mas ainda não conseguimos compreender a grandiosidade de Deus que está acima das coisas da Terra.

Fomos criados para evoluir moral e intelectualmente(1), o que na parte intelectual estamos fazendo muito bem, vendo o tanto que já foi realizado em diversas áreas como na medicina que está cada vez mais próxima de descobrir a cura do câncer, das ciências que já fazem clones, que já pousaram sondas em uma lua de Saturno ou fez descer robôs em Marte, e por aí vai.

Mas e moralmente?

Concordo que muitos de nós está se esforçando e até já conseguiu algumas conquistas, mas ainda é muito pouco.

Como conceber que vivemos numa sociedade em que foram gastos muitos milhões para que o Homem pisasse na lua e no Mundo(2) mais de dois milhões de pessoas morrem de fome a cada dia?

No E.S.E(3) os espíritos dizem que “O amor aos bens terrenos constitui um dos mais fortes óbices ao vosso adiantamento moral e espiritual. Pelo apego à posse de tais bens, destruís as vossas faculdades de amar, como as aplicardes todas às coisas materiais”.

Que possamos cada vez mais conquistar e avançar intelectualmente, mas que concomitantemente possamos também evoluir moralmente, nos dando as mãos. E que os mais fortes possam auxiliar os mais fracos, pois nos devemos porque fazemos parte da mesma família terrena. Que não descansemos enquanto ouvirmos um choro de dor. Que não sejamos indiferentes ao sofrimento de um de nossos irmãos.

Que unamos forças para auxiliar os espíritos do Senhor a trazer a Paz, Fraternidade e Liberdade para todas as criaturas do globo.

Que sejamos os trabalhadores da última hora(4) e auxiliemos na implantação do Novo Tempo.

Elaine Barbosa, São José do Rio Preto – SP
07/01/2011


(1)E.S.E – Evangelho Segundo o Espiritismo –
(2)Segundo a ONU em 2005
(3)E.S.E -Cap. XVI – Desprendimento dos bens Terrenos
(4)E.S.E – Cap. XX

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SOTERRADOS




“Os 33 mineiros que ficaram presos por mais de dois meses a quase 700 metros sob a terra na mina San José, no norte do Chile, foram resgatados com vida na quarta-feira (13), depois de 69 dias soterrados”. FONTE: G1

Estava internada num hospital, muito mal. Já fazia três dias e até o cheiro do celular (pasmem) me embrulhava o estômago. Entre agulhas e remédios amargos e dores e sem conseguir dormir.

- Existe coisa pior que cama de hospital? E o entra e sai de enfermeiros a noite toda? Fora as pessoas com quem você divide o quarto que tem horários totalmente diferentes do seu... É estava sem convênio na época. Como todo brasileiro estava deixando para mais tarde achando que nada iria me acontecer. Mas depois desse susto fiz um rapidinho. Cruz credo!-.



 Então estava nessa tormenta quando sem conseguir conciliar o sono me lembrei dos chilenos soterrados pois não sabia de nenhuma informação já havia um bom tempo. Era o dia 01 de Outubro e perguntei aos amigos, mas, mal informados tanto quanto eu, ninguém soube me dizer nada.


Tive alta e ainda assim fiquei pensando nos mineiros.


Pesquisei na Internet e nada. Só notícias antigas.
Sempre que pensava neles me questionava:
Meu Deus como esses homens estão sobrevivendo a tantos dias presos, sendo forçados a uma convivência diária? Sem nenhuma privacidade expostos uns aos outros?


E trouxe essa reflexão para o mundo.


Também estamos vivendo soterrados no nosso egoísmo, na nossa arrogância!


Quando ouvimos notícias dessas catástrofes ficamos sensibilizados, às vezes até choramos. Não que isso não seja bom, é sinal de que ainda somos humanos.
Mas muitas vezes em nossa volta acontece uma série de pequenas catástrofes
E não nos damos conta, como por exemplo, um filho que está envolvido em drogas porque em casa não recebe nenhum tipo de atenção. Então vai buscar na ilusão da droga o entorpecimento dos sentimentos de abandono e menos valia.
A esposa que cuida do lar, dos filhos e muitas vezes trabalha fora para ajudar no orçamento doméstico. Tudo o que essa esposa espera é que seu companheiro tenha tempo para ouvir como foi seu dia, compartilhar suas frustrações e suas conquistas, mas o esposo não tem tempo, prefere ocupar suas horas de descanso em frente a televisão ou no computador onde fica horas, perdendo a oportunidade de enriquecer o seu casamento.

Ou o marido que sai cedo para o trabalho e quando retorna à noite encontra em casa uma esposa mal humorada que reclama de tudo, não valoriza as conquistas mas, reforça sempre todo e qualquer fracasso.

Os filhos que não param para pensar no sacrífício que os pais muitas vezes fazem se privando até de algumas coisas para dar a eles maior conforto e bem estar. Pagam a dedicação com ingratidão, faltando com o respeito que esses merecem. Acreditam-se no direito de tudo exigir sem nada oferecer. Nenhuma palavra de carinho, abraço ou um simples obrigado. E muitos pais quando na velhice ainda são abandonados por quem eles muitas vezes passaram a noite velando porque estavam doentes.

Os familiares que muitas vezes passam por dificuldades e tem vergonha de pedir ajuda porque sabem que serão por nós mal interpretados em suas dores.

Os vizinhos que estão acamados com uma enfermidade, mas nós “não temos tempo” para ajudá-los.

O amigo que precisa desabafar, mas nós “nunca estamos dispostos” a ouvi-lo.

Enfim existem pequenas catástrofes acontecendo ao nosso redor o tempo todo.

Não conseguimos conviver mais!

 Nós moramos na mesma casa que outras pessoas, mas somos estranhos uns aos outros, elas são "apenas outras pessoas".

 Estamos soterrados na indiferença. Voltados somente para nós, nossas necessidades. Esquecemos que também como os mineiros chilenos temos que aprender a conviver, a dividir e compartilhar nossos sentimentos.

Nunca na história da humanidade tivemos tanta facilidade para nos relacionar. Não vivemos mais na época em que era ensinado que:
Homem não chora. Que a mulher tem que dizer sempre sim. Que os filhos não podem emitir suas opiniões.
O que estamos fazendo com essas conquistas?
Nos fechando cada vez mais em nosso mundinho interior e sofrendo com depressões e toda ordem de fobias e transtornos?

Os mineiros sobreviveram porque se uniram, se ajudaram mutuamente. Viram que o bem de um era o bem de todos. Juntos foram fortes para enfrentar dois meses  a 700 metros sob a terra.

E nós? Quando vamos perceber que temos que nos unir? Que temos uma família maravilhosa esperando por nosso carinho, nosso afeto?

São apenas pequenos gestos que com certeza irá contribuir para diminuir o número de jovens viciados, casamentos destruídos, idosos abandonados...

Assim traremos alívio ao nosso íntimo e com certeza estaremos contribuindo para a Paz na Terra.

Elaine Barbosa

Ano Novo

  


 Fogos, abraços, beijos apaixonados, promessas, esperança. Neste momento todos se unem num único desejo, uma única expectativa:

  Que no novo ano todos os seus sonhos se realizem como num passe de mágica.

  Mas nos decepcionamos ao ver que os meses passam e nada de diferente acontece...

  Mas por quê? Perguntamos.

  Porque a mágica está na fé, no esforço, na persistência para conseguir transformar sonhos em realidade.

  Então dessejo que você tenha neste ano:

- SONHOS - sem eles a vida não tem graça.

- - Acredite em si mesmo, acredite que é possível.

- ESFORÇO - Sem trabalho e dedicação não conseguimos atingir nenhum objetivo.

- PERSISTÊNCIA - Continuar acreditando e criando meios, mesmo que tudo pareça contrário.

  E mais importante:

  Quando seus sonhos se realizarem que você esteja rodeado de pessoas queridas para compartilhar da sua felicidade.

Elaine Barbosa

sábado, 1 de janeiro de 2011

ANO APÓS ANO - André Luiz


Ninguém evolui num dia ou para um dia apenas.

Carecemos de tempo para entender o bem e praticá-lo diuturnamente, absorvendo-o em profundidade, na alma, para o eterno futuro.

Um só pensamento bom, um só ato digno, uma só lição assimilada, não nos bastam à melhoria. Necessário repetir testemunhos de aprendizado e renovação.

A fraternidade há de avivar-nos o raciocínio, vincar-nos a memória, calejar-nos a mãos, modelar-nos a vida.

Eis porque o espírita, na experi6encia terrestre, precisa repisar atitudes, transpirar no dever e persistir no posto individual de trabalho, ano após ano, para só então se sentir realmente sintonizado com os Bons Espíritos e com os desígnios do Alto, mantidos a seu respeito.

No setor administrativo da instituição doutrinária, há de conhecer tão bem o seu mister, que nenhuma decepção não mais o surpreenda.

No estudo, há de desarticular tantas mesas, consumir tantas cadeiras e deformar tantos livros e material correspondente, sem perceber, que duvidará de semelhantes desgastes.

Na mediunidade, há de amar e compreender tanto os espíritos e os homens que qualquer incompreensão não mais lhe fará perder a paciência.

Na exemplificação da verdade, há de se familiarizar tanto com as necessidades das criaturas que penetrará os anseios do próximo, em muitas ocasiões, apenas por vê-lo.

Na assistência social, há de se inteirar tanto dos menores problemas que lhe dizem respeito, segundo as épocas do ano, as pessoas, os desfavorecidos e os sofrimentos, que se espantará ao perceber o quanto conhece de ciência mental e vida prática.

No culto do Evangelho, há de abordar tantos temas e lições, enfrentando tantos imprevistos e dificuldades, que o terá para si na condição de tarefa claramente imprescindível.

Na imprensa e na tribuna espíritas, há de se habituar tanto com o manejo e os efeitos das palavras que as cultivará e selecionará com devotamento espontâneo.

No campo das provas necessárias, há de exercitar tanto entendimento e tanta paciência diante da dor, que acabará sofrendo todas as humilhações e tribulações da romagem terrestre com o equilíbrio de quem atingiu inarredável serenidade.

Confronta o teu período de conhecimento espírita com o serviço que apresentas na existência humana.

Lógica disciplinando diretrizes, esperança enriquecendo ideais, entendimento clareando destinos, o Espiritismo faz o máximo por nós, sendo sempre o mínimo o esforço que fazemos por ele, nos empreendimentos que nos cabem em auxílio a nós mesmos, no seio da Humanidade.

Do livro Sol nas Almas. Psicografia de Waldo Vieira.